sábado, maio 31, 2003

Mistério gelado

E não se acha em qualquer lugar sorvete no inverno. Eu sou o único retardado que gosta de sorvete, faça chuva ou faça sol?

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:26:00 PM

Harry Potter e O Aspirador de Idéias

E alguém aí já percebeu como Tim(?) Hunter, do Neil Gaiman, é muito igual demais pra caralho ao Harry Potter? Sabia que já tinha visto a cara do mago juvenil em algum lugar, agora descobri. Óbvio que o personagem do Gaiman é muito mais antigo, o que torna a escritora do jovem Potter uma chupadora.

Quem não conhece, procure o hq Livros da Magia, onde o personagem aparece, acredito, pela primeira vez.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:21:00 PM

Enche o tanque

Estou sentindo um grandioso, gigantesco e espaçoso NADA dentro de mim. Olho pra parede do meu quarto e ainda tem um grande calendário marcando Dezembro de 2002. Removo a porcaria e ponho no lugar um quadro que estava aposentado: um desenho da ilha de Florianópolis, meio divertido até, cartoonesco – Canasvieiras tem uma bandeira Argentina espetada.

Talvez eu deva fazer uma visita ao pessoal da Ilha da Magia pra me ocupar um pouco, afinal, com o Rafa trabalhando como assessor, deve ser relativamente simples descolar umas passagens de busão pra uma consultoria textual ou qualquer desses pretextos.

O caso é que eu fico olhando pra esta tela o tempo inteiro, a cadeira tem a marca da minha bunda, o copo de Pepsi está vazio, o texto não flui, os dedos desconhecem o teclado, o início da mão está marcado por uma bolha por causa do mouse pad. Está realmente chato ser eu.

”Tank, load the jump program.”

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:19:00 PM

Música

Escutando Janis Joplim, percebi: não adianta, por algum motivo não identificável, boas músicas dos 70 nunca ficam velhas, repetitivas ou enjoativas. Malditos 90/2000.

A única coisa boa dos 90/2000 é ter deixado pra trás os tenebrosos 80. Ainda bem que eu era criança nessa época.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:08:00 PM

Fade out

Último dia da aula de roteiros, quase não fui. Primeiro que acordei atrasado, segundo que os trens estão de greve parcial e eu não sabia se funcionavam. Peguei o carro e me fui, afinal eu preciso testá-lo, ele recém voltou de uma breve aventura no mecânico. Último dia é último dia, vale um certificado de 40h/aula muito útil pra quando eu estiver nos últimos semestres, já que necessito de um número x bizarro de horas de atividades extras/complementares, acho que umas 200h, sei lá.

No fim meu roteiro ficou trimmassa, e, salvo algumas POUCAS exceções, os roteiros do resto do pessoal também foram muito bacanas, alguns, imagino, muito bons de se ver. A pena é que cinema no Brasil ainda é meio que lenda, e cinema lucrativo no Brasil só a Globo faz – e olhe lá. Nessas horas eu gostaria de saber desenhar bem e mexer no flash ainda melhor. É tosco, mas sabendo usar, fica muito legal, já vi uns que são tigre loco no flash.

Por falar em animação, consegui com um parceiro do curso os 4 Animatrix disponíveis gratuitamente na net. Muito bons, sobretudo o Program e o Detective – que é nada mais nada menos que um noir futurístico.

Ainda vou mexer um pouco no roteiro, dar uma “arte-finalizada” no clímax e essas coisas referentes a TEMPERO. Tentarei inscrever no Histórias Curtas do ano que vem, acho. Isso se conseguir alguma produtora que queira fazê-lo.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 3:42:00 PM

Descobri

Descobri por que não achei Marroon Town, simplesmente por que é Maroon Town. Maldita Globo.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 1:27:00 AM

Marroon Town

Que loser que eu sou, não achei UMA mp3 do supracitado BANDO.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 1:11:00 AM

quinta-feira, maio 29, 2003

Ócio marcial

Estou ficando realmente bom em matar mosquitos com uma mão só, fechando-os na minha palma com um movimento rápido do estilo macaco silvestre da aldeia canibal. Enfim uma habilidade útil proporcionada por passar dias inteiros em casa, procurando o que fazer. Em breve estarei utilizando o método Miagui, aquele do Karate Kid, em que ele pegava os pauzinhos, que não sei o nome, de comer essas gororobas japonesas e atacava o mosquito com um rápido e certeiro golpe na ASA, deixando-a viva e intacta.

Cuida-te, Neo.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 6:56:00 PM

Templários

Que inferno é esse livro O Pêndulo de Focault do semiótico Umberto Eco. Como todo o livro do Umberto Eco, há partes em que é impossível parar de ler, mas em contrapartida há partes em que o maior desejo é tocar o livro no lixo. Não sei ao certo por que, mas tem a ver com deixar o assunto principal de lado para divagar sobre filosofias ou matérias absolutamente diversas do foco de interesse do leitor. Por sorte, ao contrário do Baudolino, parece que as partes d’O Pêndulo de Focault ótimas são muito mais numerosas do que as bocejantes. Ponto.

Porém a única coisa realmente ruim é que com a empolgação d’O Plano que, aparentemente, os personagens principais constroem apenas para vender livros me deixa muito demais pra caralho a fim de me juntar novamente aos “diabólicos” rosacrucianos. Além de, mais ainda, me deixar curioso sobre os maçons. Eu tenho uma teoria sobre este segundo grupo, mas não abrirei a boca até por que conheço um sujeito, muito gente fina por sinal, que é maçom.

Desconfiei um pouco que meu professor de redação, outro sujeito muito legal, é maçom, já que mencionou o Grande Arquiteto do Universo ao referir-se ao Arquiteto do Matrix. Mas, cá pra nós, deve ser uma desconfiança infundada. Até eu conheço o Grande Arquiteto do Universo, digo, não pessoalmente, claro. Pelo menos eu acho.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 6:56:00 PM

Programa do Jô

Estava aqui a fazer o trabalho de História da Arte e ouvir o Jô, eis que cruza uma banda inglesa chamada Marroon Town. Muito, muito, muito bom mesmo, fazia algum tempo que o meu ouvido não era pego de surpresa por um estilo que pouco ouço e que simplesmente curti muito demais pra caralho. O tipo de música pra se ouvir quando não se quer pensar nada, só ouvir.

Tirado do site do : MARROON TOWN: grupo musical. São ingleses e fazem uma mistura de jazz, ska, techno e soul. O nome da banda foi tirado de uma comunidade remota na Jamaica, formada por escravos fugitivos. Um dos integrantes da banda, Rajan, trabalha na BBC, onde apresenta programas de documentários e viagens.

Com certeza negarei minha abstinência acústica na internet pra baixar umas mp3 dos caras.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 2:03:00 AM

quarta-feira, maio 28, 2003

Novidade nerd

E a grande novidade fica por conta do meu novo computador, que deve estar aguardando a montagem e configuração até no máximo segunda. Bom, pelo menos o ócio do desemprego contará com um aliado de peso pra rodar todos esses novos e heréticos jogos que exigem mais do computador do que do cérebro.

Por falar em jogo de cérebro, te cadastra no gameknot e vamos jogar um xadrez, não é necessário estar online pra jogar, já que os movimentos podem ser feitos em até 3 dias.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:27:00 AM

Dormir

Por que eu não sinto sono como as pessoas normais?

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:23:00 AM

Música

Sempre que vou ouvir um CD, como no caso de hoje que fiquei fazendo um trabalho pra faculdade, percebo que:

a) eu quase não copro cds desde a época que eu ouvia metal e punk rock.
b) eu não baixo MP3.
c) eu quase não escuto música em casa.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:19:00 AM

Extraído do bróg do Cardoso

LUTO

Ainda que seja o meu aniversário, hoje não estou muito festivo.

O amigo e clone Scooby faleceu esta madrugada, perto das cinco da manhã. O enterro é hoje, às 16h, no Jardim da Paz.

Recebi a notícia perto das onze, por telefone, ainda em casa. Fiquei totalmente sem reação. Chorei um pouco no banheiro mas não pareceu sincero. No caminho pro trabalho senti alguma coisa me corroendo por dentro e só aí acho que a ficha caiu.

Estou aéreo. Parece um sonho, isso tudo.

Morrer assim tão jovem me perturba. Morrer assim tão perto me incomoda. Eu só queria que isso não estivesse acontecendo.



-

Que droga, fiz várias festas com esse cara. Ele era do #techno das antigas, sujeito bacana, não extravagante. Na dele, uma espécie de road - também das antigas. Essas doenças mortais não deviam ocorrer na juventude, e só. Sinto o que deve ser, por exemplo, ver um filho morrer antes que você, o pai. Está aí uma coisa que eu nunca quero saber como é. Scooby, onde quer que você esteja e mesmo que sequer se lembre do meu nome, força - não será por subir no queijinho da Liquid que a balança penderá para o lado negativo.

Estranho como na morte até o mais anti-cristão tenta acreditar no Céu.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:10:00 AM

segunda-feira, maio 26, 2003

"Me too"

Fui ver Matrix Reloaded de novo, desta vez em um lugar honesto. Foi bem melhor poder ver as imagens e ler as legendas ao mesmo tempo, principalmente na parte do Arquiteto. Mais o que mais me deixou feliz foi seguir o comentário do Flávio. Sabe, ele sempre vê o filme até o fim dos créditos, e eis que no Matrix, após os tediosos créditos que mostram até quem segurou o microfone e deu a primeira demão nos cenários, há o trailler do 3o filme. Grande sacada, heim?

Que coisa de pau no rabo, colocar coisas após os créditos é do inferno. Maldade...

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 2:21:00 AM

sexta-feira, maio 23, 2003

”Mr. Anderson”

DISCLAMER: não se preocupe, não falo nada de importante sobre o filme, pode ler sossegado.

O Cinemark de Canoas finalmente estréia, no dia correto, um filme bom. Por conta deste milagre, chove quinta-feira em Canoas – já tínhamos comprado os ingressos da pré-estréia. Chegamos na fila uma meia-hora antes. Era uma grande fila. 99% das pessoas já se encontravam nela, o que não nos deu escolha se não sentar na segunda fila, sentindo o cheiro da tela.

Fiquei um ponto chateado com isso, mas no fim o único incômodo se revelou ao ler as legendas, quase desnecessárias devido a dicção dos atores e o alto som, porque para lê-las era necessário virar a cabeça, como que vendo um jogo de tênis muito intenso. E, claro, as cenas de ação, mas eu desenvolvi uma técnica para vê-las: bastava fechar um dos olhos e tudo ficava bem.

O filme é realmente muito bom, com muito mais ação que o primeiro. A história também é legal e o fim é “to be continued”, descarado mesmo. Até novembro. A única cena que achei completamente inútil e, aposto, foi ordem dos homens da grana/produtores/etc foi uma espécie de mega rave african style suruba mix em Zion, onde paralelamente Trinity e Neo transam – nem te anima menino e menina, acho que o máximo que aparece é a bunda do Keanu Reaves e o PLUG dos peitos da Trinity. Desnecessário.

O filme explica uma coisa muito interessante sobre as lendas de fantasmas, lobisomens, vampiros e afins. E, constato, que há uma vantagem óbvia em ser o Neo, fora ser o super-man misturado com o Bruce Lee em fast forward, os óculos não quebram.

Não contarei mais que isso pra não estragar. Mas vale a pena sim, pelo menos do ponto de vista de ação – e pra ver o excelente agente Smith às centenas. A história talvez tenha faltado um pouco. Mas eu curti.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 2:59:00 PM

quarta-feira, maio 21, 2003

O filme d’O Siciliano

Que filme surpreendentemente RUIM. Por Deus, dos 10% que apareceu da história do livro, 70% estava errado ou corrompido de forma estúpida. Direção ruim, atores péssimos, trama fuleira, enfim, o pior filme de máfia que eu já vi. Se é que dá pra chamar de máfia aquela pálida e herege visão do Don Croce, nada mais nada menos que o Capo di Capi, virou um idiota bebedor de champagne que leva desaforo pra casa até de MULHER. Por Deus, essa Sicília visão americana foi bizarra.

Contribuíram pra desgraça do filme duquesas americanas, mafiosos burros e não cruéis, Turi Guiliano dançando como ELVIS, etc. Tudo foi muito ruim, que desgraça fizeram com o livro do pobre padrinho, Don Mario Puzo.

Garanto que eu faria melhor, sem contar que os caras conseguiram errar a grafia do nome do personagem principal, que se chama originalmente de Salvatore “Turi” GUIliano e eles conseguiram escrever GIUliano – fora inverter o nome do rapaz AS VEZES, hora colocando SALVATORE como sobrenome e hora colocando como primeiro nome. Muitas drogas.

E, pasmem, Michel Corleone sequer aparece. Tomara que a máfia tenha matado o cara que fez esse filme.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 6:07:00 PM

Os segredos insondáveis

Como antigo Supremo Grão-Mestre Canalha Moderno da Antiga e Mística Ordem de Cavalaria Cavalheiresca dos Canalhas Modernos, traindo meu antigo voto de segredo dos mistérios e, assim, correndo o risco de ser empalado por todos os membros da ordem caso descubram que revelei algum segredo da Ordem para os não-iniciados e, principalmente, para as mulheres – supremo alvo e fim maior da Ordem em que não só redescobri, trazendo os antigos ensinamentos à luz dos tempos contemporâneos, como fui o primeiro novo Supremo Grão-Mestre Canalha Moderno. Porém, renunciei a todos os ensinamentos quando decidi que namoraria e seria fiel.

Agora, em auxílio aos irmãos menos afortunados, revelo um pequeno conteúdo do Sagrado e Sublime Manual Místico Secreto do Canalha Moderno, este conteúdo que versa principalmente sobre os graus da Ordem, do menor ao mais elevado, revelando os segredos insondáveis e tenebrosos de cada grau.

ATENÇÃO: feministas e mal-humoradas em geral não devem passar daqui.

Capítulo 69 – dos graus de iniciação - do livro do Supremo Grão-Mestre Canalha Moderno do Sagrado e Sublime Manual Místico Secreto do Canalha Moderno

Saudações em todas as pontas do Sagrado Triângulo feminino,

Os graus de iniciação dentro de nossa bem-intencionada Ordem servem para medir o nível de iluminação atingido por cada um dos irmãos, além de posicionar claramente a hierarquia de quem manda e de quem lava os copos depois das reuniões regadas com o néctar sagrado: a cerveja sagrada de São Copuloso. Lembrando que os graus são cumulativos, não podendo ser o 2o alcançado sem passar pelo 1o e assim sucessivamente. Ei-los os graus, do menor ao maior, do menos sábio ao mais iluminado, do mais chulé ao mais venerável, do mais mané ao mais Canalha Moderno:

Iniciado dos MMM - Mistérios Misteriosos Mulherísticos

Ainda não iniciado, o postulante deve ser acompanhado pelos irmãos até um bar ou danceteria qualquer, então o postulante, embebido com substâncias alcoólicas o suficiente para matar um elefante – o que deverá conceder-lhe uma percepção aguçada do Único Abaixo, o vaso sanitário – e então o postulante deverá encontrar e seduzir com sucesso a mulher mais horrorosa que encontrar no local, levando está ao fim maior.

Aprovado por unanimidade pelo Conselho de Sábios do Livro Oriental das Posições como um ser do gênero feminino realmente feio, o postulante terá sua prova de fogo ao acordar. Estará, assim, irreversivelmente iniciado nos caminhos do Mistério, tendo cruzado para todo o sempre o caminho intangível e para qual será fiel como único objeto de fidelidade.

Ensinamento ou base teórica: este grau dá ao postulante a visão mais tenebrosa que pode ter, ensinando-o definitivamente que mulher feia não é mulher e, portanto, não merece ser alvo de nada além da amizade. Instrui também que nomes falsos e telefones fornecidos propositalmente errados são de grande valia. A gozação posterior dos irmãos, mesmo os de grau pouco mais elevado, é extremamente benéfica e encorajada, fazendo o recém iniciado se tornar um sábio mais completo, sagaz e Canalha Moderno mais rapidamente.

Forma de tratamento: Iniciado no 1o círculo dos MMM


Cavaleiro de Bafomé

Em um bar, danceteria ou equivalente, de posse de muitos litros de mé na corrente sanguínea, o iniciado deverá conquistar e ir as vias de fato com a mulher mais bela do recinto, apontada pelo Conselho de Sábios do Livro Oriental das Posições.

Ensinamento ou base teórica: testa a capacidade de sedução do iniciado sobre espécimes ideais, além de fazer a alto-estima subir muito. Comentários nos Churrascos dos Mistérios e demais reuniões alcoólico-sagradas são altamente benéficos e muito encorajados. Alguns irmãos acabam fracassando muitas vezes neste círculo misterioso, tornando-se alcoólatras, porém se divertindo muito.

Forma de tratamento: Iniciado no 2o círculo dos MMM


Cavalheiro de Bafomé – beber muito e ser um cavalheiro

No mesmo ambiente e condições do grau anterior, a iniciações do 4o círculo dos MMM deverá se dar pelo mesmo critério: a mulher mais bela será apontada pelo Conselho de Sábios do Livro Oriental das Posições e o iniciado deverá conquistá-la, porém sem levá-la as vias de fato no primeiro encontro. O pretendente ao grau do Cavalheiro de Bafomé deverá se portar como um perfeito cavalheiro, levando a mulher para casa e tudo, para que em uma próxima ocasião possa finalmente satisfazer sua intenção maior.

Ensinamento ou base teórica: testa a capacidade do iniciado em se portar bem, mesmo com litros de mé no sangue e com a testosterona chamando-o para a agressão total. Além de, após o aprendizado total, com alguns dias de meditação contemplativa, o iniciado percebe o valor de uma mulher seduzindo-o para que a encontre – a qualquer hora. Nos níveis mais avançados, organização de agenda é uma característica essencial.

Forma de tratamento: Iniciado no 3o círculo dos MMM


Cavaleiro das Tapeçarias Encobertas

Para alcançar este grau, o iniciado deverá ir as vias de fato com mulheres com os 3 tipos básicos de pêlos pubianos: preto, loiro e ruivo. Não podendo ser nenhum deles artificialmente coloridos.

Ensinamento ou base teórica: se já não sabia, o iniciado percebe as diferenças entre cada estilo de mulher, tendo uma referência para entender que nenhuma mulher é igual e, portanto, todas merecem ser saboreados e tratadas como pérolas únicas, como conquistas imprescindíveis e muito valiosas.

Forma de tratamento: Iniciado no 4o círculo dos MMM


Grande Cavaleiro Conquistador do Oriente e do Ocidente

Importante etapa para a iluminação de um iniciado, o primeiro portão secreto de Ahgatha, a terra esquecida das amazonas ninfomaníacas, é aberto após a aquisição deste grau. Para alcança-lo, o iniciado no 4o círculo dos MMM deverá ir as vias de fato com ao menos um exemplar dos tipos básicos de raças de mulheres: morena, loira, ruiva, negra, índia e nipônica.

Ensinamento ou base teórica: como no nível de mistério anterior, o iniciado percebe as diferenças entre cada estilo de mulher, tendo uma referência para entender que nenhuma mulher é igual e, portanto, todas merecem ser saboreados e tratadas como pérolas únicas, como conquistas imprescindíveis e muito valiosas.

Forma de tratamento: Canalha Moderno do 1o portal dos MMM


Senhor do Castelo da Babilônia

O Canalha Moderno (CM) a ser alçado neste grau deverá fazer ao menos uma mulher de indiscutível valor estético ficar subordinada aos desejos do CM por ao menos um mês completo. Ela deverá aceitar, de bom grado, ser chamada para os compromissos sexuais, e somente para isso, durante uma madruga de terça-feira, também ficará feliz em dividir a conta do motel e quaisquer outras.

Ensinamento ou base teórica: comprova, sem envolver nossa ignota Ordem em rituais deploráveis e heréticos de sodomia, que o iniciado realmente tem talento nas artes da conquista e sabe envolver o sexo oposto mediante um comportamento diferenciado, em todas as áreas – mas principalmente as sexuais, que não se acha em qualquer esquina.

Forma de tratamento: Canalha Moderno do 2o portal dos MMM


Mestre secreto

O Canalha Moderno deve possuir e manter em “dia” em sua carteira sexual ao menos 7 mulheres de indiscutível valor estético simultaneamente por ao menos três meses. Uma não pode saber da outra e o CM deverá se desdobrar, sem estimulantes como gemada, amendoim ou catuaba, e ao menos 3 delas devem ser encontradas em forma de rodízio por semana.

Ensinamento ou base teórica: testa não só a resistência, como a fé e disponibilidade para o caminho místico da Ordem do irmão. Além de garantir uma boa desenvoltura na hora de dar desculpas, contornar assuntos ou receber ligações indesejadas.

Forma de tratamento: Canalha Moderno do 3o portal dos MMM


Mestre perfeito

Da mesma forma que o grau anterior, o Canalha Moderno deve manter ao menos 7 mulheres de indiscutível valor estético simultaneamente pelo período mínimo de 3 meses, porém todas devem saber de pelo menos uma das outras, aceitando normalmente como “coisa de homem” ou qualquer outra desculpa sem chatear, encher, resmungar, chorar ou fazer greve das atividades principais.

Ensinamento ou base teórica: garante, mais uma vez sem a detestável e herética sodomia, que o Canalha Moderno é indiscutivelmente bom de lábia, além de outras questões relativas à atividade principal da Ordem.

Forma de tratamento: Canalha Moderno do 4o portal dos MMM


Mestre da Serpente de Cobre

O CM que alçar este grau terá cruzado o segundo portão secreto de Ahgattha, a terra esquecida das amazonas ninfomaníacas. Por isso, este grau exige um nível espiritual e de fé nos preceitos da Ordem bastante complexos. A semana mística do pretendente ao grau do Mestre da Serpente de Cobre começa na segunda-feira, onde ele deverá ir as vias de fato com ao menos 1 mulher de valor estético indiscutível. Na terça-feira deverá chegar ao fim maior com 2, na quarta com 3, na quinta com 4, na sexta com 5, no sábado com 6 e no domingo, quando o Deus cristão descansou, deverá ir as vias de fato com ao menos 7 mulheres.

Ensinamento ou base teórica: resistência, disciplina, agendamento e muita fé. Canalhas Modernos com verdadeira inclinação para os graus mais altos da Ordem costumam não hesitar neste teste.

Forma de tratamento: Canalha Moderno Guardião do Limiar dos portais dos MMM


Príncipe do Zodíaco

Para alçar este grau, no período de 7 semanas, o Canalha Moderno deverá conquistar e ir as vias de fato com ao menos duas mulheres de valor estético indiscutível de cada signo do zodíaco.

Ensinamento ou base teórica: ilumina a mente do CM para que compreenda, se ainda não o fez, que descobriu apenas uma pequena parcela da Verdade encoberta – não é fácil entender as mulheres e nem mesmo os signos são verdades universais para decifrar seu comportamento aparentemente caótico. A partir deste grau, o Canalha Moderno será membro ad vitam do Conselho dos Sábios do Livro Oriental das Posições.

Forma de tratamento: Aprendiz Conselheiro Canalha Moderno dos Sábios do Livro Oriental das Posições


Sublime Filósofo Hermético Guardião dos Cânones

No período de 7 meses, o CM deverá escolher uma universidade, pouco obscura, e ir as vias de fato com pelo menos 2 mulheres de valor estético indiscutível de cada curso desta universidade.

Ensinamento ou base teórica: mais um pequeno vislumbre da Verdade encoberta – as mulheres não são sequer parecidas, mesmo com características e aspirações afins.

Forma de tratamento: Conselheiro Canalha Moderno dos Sábios do Livro Oriental das Posições


Pastor Amado do Oásis do Mistério

**SECRETO DEVIDO AO GRAU DE ILUMINAÇÃO**

Ensinamento ou base teórica: **SECRETO**

Forma de tratamento: Supremo Grão-Mestre Canalha Moderno dos Sábios do Livro Oriental das Posições, Guardião Hiperbólico Onipresente de Ahgattha e Supremo Grão-Mestre Canalha Moderno da Antiga e Mística Ordem de Cavalaria Cavalheiresca dos Canalhas Modernos.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 5:27:00 PM

terça-feira, maio 20, 2003

O Siciliano

Muito bem, o livro é uma beleza, o filme eu não garanto (até por que é com o Highlander) - mas o roteiro é, definitivamente, do Mario Puzo, o que vale a mensão honrosa. Blobo, Intercine, hoje. Pegue a pipoca e prepare-se pra mais um filme de máfia. Turi Guiliano e Aspanu Pisciota são trimmassa.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 3:33:00 AM

segunda-feira, maio 19, 2003

Promessa...

Finalmente, sem muita vontade, conclui a tal Saga de Curitiba. Segue abaixo os 15 capítulos da historinha real.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:27:00 PM

A Saga de Curitiba

Prefácio.

O bardo das letras que humildemente vos narra esta história participou dos eventos pré-Era de Aquarius de Curitiba. Tudo que se sucedeu depois da Saga de Curitiba mudou as vidas dos nossos heróis, vilões e até mesmo desconhecidos. A mais histórica aventura já contada de uma manada de patos sulistas nas bandas do Sul-Sudeste (porque Curitiba não é NEM A PAU parte do Sul) desde a super expedição a Pelotas no Fucão da Wyrm.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:26:00 PM

Capítulo 1: A Decisão.

Como já mencionado em narrativas passadas, Mateus "Teto", Maurício "Guri" (ou seria Guri "Maurício"?), Rafael "Cacetinho" e eu (Sérgio "Schüler") eram grandes amigos e jogares assíduos de RPG lá pelos idos de 1999/2000.

Então, certa vez, o Edufa, um dos diretores da House de Curitiba propôs um live (um jogo) NACIONAL em sua cidade. Um super evento nos mesmos moldes que já haviam ocorrido em São Paulo, Rio e também em Curitiba em algum passado distante. Megaeventos desses, com cerca de uma centena de alucinados por RPG, devem ser muito bem planejados e estruturados. Afinal, se uma centena de pessoas juntas já causam a maior quantidade de problemas improvavelmente absurdos, imagine os malucos RPGistas que são improváveis, absurdos e problemáticos em sua natureza. Com certeza isso exigiria muito esforço e planejamento ou então muita irresponsabilidade, resultando em perigo letal para qualquer morador, caminhoneiros e outros seres vivos dos arredores. Para o jogo, Edufa marcou a data em um feriadão, desses que caem na quinta e ninguém trabalha sexta. Obviamente eu ainda não trabalhava com propaganda, então teria o feriadão e, pasmem, sábado livre. Decidi ir, não sem arrastar alguém comigo para essa desgraça toda.
Teto e Rafa concordaram em ir, Guri queria, porém foi barrado por sua futura-ex-mulher, a ex-Guria. A comitiva estava incompleta, porém os três irmãos nada temeram. Embarcaram no ônibus mais barato e, conseqüentemente, mais baleado, fubango e desconhecido rumo a Curitiba. Doze horas de viagem os aguardavam, pelo menos em teoria.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:25:00 PM

Capítulo 2: A Viagem.

Na primeira hora dentro ônibus, falávamos muito, estávamos muito empolgados, apesar do sádico motorista ter decidido usar o enjoativo, rodopiante e penhascoso caminho da serra.

Começamos a nos distrair com as coisas que trouxemos: diversos embolachados e águas gasosas embebidos em todo tipo de químico conservante, odorizante e saborizante. E, claro, música de walkman, para aqueles que tinham a sorte de ter trazido pilhas para alimentar o comedor de energia. O que não era o meu caso. Percebi que minhas pilhas haviam acabado antes da primeira hora de viagem.

Depois de algumas horas, o Rafa disse que ia dormir, cabe aqui dizer que quando ele fala que vai dormir ela já dormiu. Pois tem um botão, não me pergunte onde, que se desliga da realidade mundana em menos de 1 minuto, na verdade é uma coisa meio contagem regressiva "5... 4... 3...". Certa vez estávamos conversando, eu e o Mateus, com ele quando de repente ele não respondeu nada, a não ser que um RONCO fosse a resposta. Havia dormido no meio de um intervalo de 2 minutos de uma conversa e outra. Bizarro.

Bom, ele dormiu, e eu, já sem pilhas, tinha consumido todas as bolachas que conseguia comer. Só me restava tentar dormir, já que o Mateus já estava aderindo ao movimento também.

Quase na metade do percurso, paramos. - Hora do rango - Pensei. Pensei errado, pois estávamos perdidos no meio do nada, em uma destas cidadezinhas sem nome, na porta de um MECÂNICO, o que me fez pensar alto:

- Ônibus têm bobina? Não sabia...

Todo mundo desceu do busão. Havia algo errado com os amortecedores ou coisa assim, felizmente a bobina estava intacta – ou era Bosh? - e o mecânico não parecia expedir nenhum tipo de VEREDITO. Eu, o Rafa e o Mateus decidimos explorar um pouco as redondezas. Descobrimos a uma quadra de distância um orelhão e um boteco dos mais chinelos.

Adentramos o recinto e a primeira coisa que percebi foram aqueles pastéis frios parados no balcão desde épocas imemoráveis, provavelmente antes mesmo de o atendente estar empregado ali, ou quem sabe antes mesmo do cara ter nascido.

Arriscamos, cada um, um misto-quente (putz, isso é uma torrada, pô!) e um refrigerante desses de garrafinhas de vidro. A esta altura outras pessoas do bus aventuravam-se pelas imediações do pequeno boteco sem nome, frustrados por causa da parada não prevista.

Depois de comer e telefonar pra casa, exploramos um pouquinho mais as redondezas, até perceber que não tinha nenhuma caipira tarada metida a Lolita ou Engraçadinha perdida por aí dando sopa.

Fomos até o mecânico e observamos aquela cena crássica: tiozão, com a bunda pra cima, consertando o ônibus com metade do FIOFÓ sujo de graxa aparecendo. Quase 1h depois o ônibus estava pronto (não se sabe sob qual ponto de vista, mas nós também não ousamos questionar) pra seguir viagem. E assim foi: mais algumas horas da incrível visão mato/poste de luz/penhasco mortal, até eu cair (essa não é uma palavra apropriada quando se fala em penhasco mortal) no sono novamente.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:24:00 PM

Capítulo 3: chegando ao Dr. Destino.

Acordei diversas vezes, mas logo depois dormia. Foi numa dessas acordadas/dormidas que vi que havíamos chegado em Curitiba, "pelo menos era o que dizia a placa verde que passamos há 10 minutos atrás", dizia eu. Porém só havia mato e ruralisses a nossa volta. Que estranho. Comecei a ficar angustiado, 20 minutos depois ainda nada de vestígios de civilização. 30 nada. 45 e finalmente algo que poderia lembrar um prédio. Chegamos na rodoviária de Curitiba, cerca de 14h, completamente sujos, suados, cansados, nojentos, maloqueiros e tudo mais, ou seja, no clima mais perfeito de uma rodoviária de capital, onde se encontra todo o tipo bizarro de gente vinda diretamente das barbas do lugar algum ou indo com muitas escalas rumo ao inferno mais longínquo já imaginado por um cartógrafo de Star Trek.

Fomos até o segundo andar da rodoviária, era onde ficavam as lojas e afins. Queríamos um pouco de comida e também um telefone público. Ligamos pra algum dos diretores e organizadores da House de Curitiba, nos descrevemos, pois nunca havíamos sido vistos um pelo outro e fomos comer algo na rodoviária.

Ao entrar em uma das "lancherias" encontramos alguns poucos corajosos "degustando" as "especiarias" rodovientas: o velho Xis Salada mofado com MUITO, mas MUITO demais pra caralho mesmo, milho.

Cada um fez o seu pedido, evitando obviamente a combinação venenosa de toda rodoviária: o "especial" ou "à moda da casa". JAMAIS, peça esse tipo de coisa em uma rodoviária, a não ser que esteja pensando em se matar de uma forma dantesca e emocionante, esvaindo todo o seu sangue, e sabe-se lá mais qual substâncias que DEVERIAM ser mantidas dentro do corpo, dramaticamente pela cavidade anal e cuspindo por entre os dentes todas as tripas do intestino grosso por dias a fio, não sem antes se submeter a rituais constrangedores como o do copinho com fezes, que vai parecer mais mousse de abacate, e a tão sádica lavagem gastro-intestinal. E, sinceramente, enfiar mangueiras esguichantes pra dentro do corpo via qualquer buraco me parece um pouco gay demais.

Comemos e fomos esperar o Edufa na frente de uma LOJA DE MÁGICAS que tinha na rodoviária, não sem antes fazer uma incursão emocionante pelo banheiro gratuito. Fico imaginando que tipo de pessoa vai até uma rodoviária para comprar objetos de mágica barata. Seriam mágicos de ônibus?

Esperamos por quase uma hora, quando de repente uma menina de uns 25 anos nos perguntou se éramos de Canoas. Imediatamente pensei "meu Deus, o Edufa é transformista!". Mas não era bem assim, esta era outra diretora de Curitiba, a Déia, uma pessoinha muito simpática, descobriríamos depois.

Juntamos nossas MUITAS e PESADAS malas e começamos a saga da exploração da dita "cidade modelo". Andamos mais de 20 minutos, completamente guenzos, até uma loja de RPG onde os hereges e errepegístas em geral costumavam comprar seus livros "sagrados". Mofamos lá, morrendo de vontade de tomar banho, por mais umas 2h, mas era preciso fazer a social, mesmo que nosso futum de gambá que acabou de brigar com uma dúzia de porcos selvagens no lixão de Cubatão não fosse muito "social".

A esta altura já estávamos descontraídos, já que além das pessoas novas, dentre eles, e principalmente elAS, curitibanos, paulistas, cariocas, VARGINENSES, SOTEROPOLITANOS e toda sorte de cidades com nome de remédio tarja preta, tinha também os, já conhecidos anteriormente, barrigas verdes de Floripa e os gaúchos de Pelotas e Rio Grande. Estávamos longe de casa, mas com pessoas o suficiente para promover o caos sulista.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:23:00 PM

Capítulo 4: o DCE de Dante

Finalmente decidiram nos "levar" até o nosso alojamento, onde poderíamos guardar nossas coisas em "segurança", tomar um bom banho quente (já que era inverno ou outono – sei lá) e descansar um pouco antes da função noturna. "Levar" está entre aspas porque fomos ANDANDO até lá, "segurança", bem, isto você descobre mais adiante. Mais uns 15min de andança, abarrotados de malas, nós, os patos sulistas, incluindo aí o pessoal de Rio Grande, Pelotas e Florianópolis, chegamos ao tão esperado abrigo, um DCE de uma universidade. Pelo estado precário do prédio, desconfio, de uma universidade pública.

A visão era aterradora. Um prédio velho, grafitado toscamente por pichadores provavelmente em estado avançado de mal de Parkinson e Vaca-louca, com os vidros quebrados e um elevador minúsculo, para umas duas pessoas, que dava MUITO medo.

Decidimos de comum acordo que subiríamos os três ou quatro andares de escada até chegar ao abrigo, um ou dois corajosos usaram o elevador, de qualquer forma era o máximo que cabia no elevador e eu não estava nem um pouco a fim de ficar preso em um prédio estranho, de uma faculdade estranha e, pra completar, em uma cidade tão estranha que parecia piada chamá-la de "modelo" para qualquer coisa boa.

Subimos os lances de escada observando o "ambiente" do prédio: portas semiderrubadas e quebradas, pedaços de vidro, sujeira, papel higiênico USADO e outros dejetos não identificados no chão, portas de compensado seguradas por maciças correntes fechadas por cadeados, enfim, era praticamente uma masmorra medieval, bem pitoresco para um bando de rpgistas, mas não parecia muito apropriado, mesmo pra nós.

Quando chegamos no lugar que dormiríamos, duvidei seriamente das boas intenções dos diretores de Curitiba e comecei a olhar pros lados esperando uma cilada vinda de algum lugar para pregar uma peça na gente. Não podia ser verdade. O chão do lugar era de concreto puro misturado a pequenas e pouco generosas doses de parquê, MUITO sujo. A porta, se é que podia ser chamado disso, era uma grade de correr, fechada por um cadeado chinfrim, desconfio, feito de chocolate. Os "colchões" eram espumas velhas e detonadas, muito piores do que aqueles colchonetes de viagem. As janelas ao menos tinham vidros, nem todos, mas a maioria e, obviamente, não tinha nenhuma cortina pra nos proteger do sol da manhã, que quando se vira a noite acordado não é nada bom para o humor. Pelo menos o meu.

Demoramos quase 15 minutos para acreditar que aquilo realmente era onde dormiríamos, se os proprietários, os ratos, baratas, morcegos e, possivelmente, DINOSSAUROS, permitissem. Depois de telefonemas de indignação e até uma sugestão de passar a noite na prisão, já que deveria ser menos insalubre que aquele lugar, decidimos aceitar a nossa sina e começar a LIMPAR o lugar. Claro que não fizemos milagres, apenas limpamos. Para o lugar ficar habitável precisaria de no mínimo uma retroescavadeira. Mas o mais inteligente seria demolir o prédio e construí-lo de novo.

Enquanto a galera limpava, eu decidi tomar um banho. Ninguém ainda havia provado esta experiência antes. Antes de entrar no banheiro observei um cartazete escrito exatamente assim:

“Cuidado! Não deixe o chuveiro tremer, senão ele explode. É sério”.

Chamei todo mundo pra olhar aquilo, não podia ser verdade. Bom, eu breve eu descobriria. Tentei desistir do banho convencendo os outros que tinha descendência francesa em algum antepassado bastardo da família Schüler, mas não colou. Não tinha mais jeito. Eu ia ter que ser o primeiro a utilizar o chuveiro. Com ou sem explosões.

Abri a porta do banheiro e me apavorei. Imagine um banheiro público no centro de São Paulo que acaba de sediar uma briga entre torcedores punks de futebol. Agora imagine uma coisa pior que isso e você tem a descrição da saleta que eu estava pra entrar. Primeiro, não havia sequer um lugar que não estivesse completamente sujo de materiais totalmente estranhos pra ciência moderna para largar as roupas e toalha. Eu estava sujo, mas aquilo era ridículo. Saí e arranjei, sei lá onde, uma sacola plástica pra colocar minhas coisas. Então foi isso, Estava lá peladão, apesar do FRIO CONGELANTE, com tudo balançando, e com os pés em cima do chinelo, já que o chão estava muito mais sujo que a calçada do Mercado Público. Fiquei parado por quase 5 minutos rezando para que, em caso de explosão, o chuveiro não me matasse ou quem sabe decepasse a minha cabeça. Qualquer uma delas.

Olhei para o chuveiro e me preocupei seriamente com a minha integridade física. Era a fiação elétrica mais enjambrada desde a época do McGyver. E o pior, eu não tinha garantia nenhuma que o sujeito que fez ela tinha a capacidade do McGyver, pra falar a verdade, duvidava muito que sequer soubesse o que é um curto-circuito na teoria, pois, na prática, devia ser expert.

Abri o chuveiro. A água fria "jorrava" em "generosas" gotículas d’água. O suficiente para encher menos de meio copo d’água em alguns bons 5 minutos catando os pingos que caíam. Bem, ao menos o chuveiro não estava tremendo. Mas também não estava esquentando. Comecei a me molhar a medida que meu queixo tremia e minha pele entrava em algum tipo de colapso congelante.

Tentei fazer o chuveiro esquentar.Quando ele começou a esboçar alguma reação de que PODIA esquentar um pouquinho, começou a tremer FEROZMENTE, dando um barulho terrível de *tum tum tum*. Desliguei imediatamente. Impossível descrever o quando o chuveiro tremia, era praticamente uma máquina de lavar ligada dentro da caçamba de um caminhão andando a 100 km/h em uma estrada com mais crateras que a Lua. Sacudia tanto que molhava toda a extensão do banheiro. Tentei de novo e de cara ele começou o seu tremelique desvairado.

Então era isso, eu tinha um cabelo cheio de xampu, um corpo congelado e QUASE molhado, um vento dos infernos que insistia em invadir a janela quebrada do banheiro dos infernos e um chuveiro que não esquentava a não ser que entrasse em combustão e explodisse nas minhas fuças. Eu estava bem arranjado mesmo. Liguei de novo tirei o xampu como dava, ensaboei as partes baixas e fim. "Chega de banho", como diria aquele mongol do filme.

Saí do banheiro com uma cara não muito satisfeita e adverti sobre o tremelique do chuveiro. Mas não disse nada sobre a água ser fria. O Mateus seria o próximo a descobrir o poder da água gelada no inverno.

Ele entra no banheiro e alguns segundos depois todos ouvimos um grito. Perguntei-me se o chuveiro havia explodido, mas não, ele *apenas* entrou com tudo na água sem ver que ela estava totalmente fria. He he.

Depois que todos havíamos passado pelo ritual de congelamento sanguíneo no chuveiro infernal e "limpado" o lugar para tornar-se QUASE habitável para um favelado. Era hora de começar a reclamar durante uma ou duas horas e começar a se arrumar pro que nos esperava à noite: o jogo.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:22:00 PM

Capítulo 5: Noite I: descobrindo o significado de TRÊS QUADRAS CURITIBANAS

No primeiro dia, ou melhor, noite, o primeiro jogo, de uma série de 3 noites de jogatina, seria em separado. Cada família, ou o que chamávamos de Clãs, reunir-se-ia em locais diferenciados, de acordo com a "personalidade" de cada família. Seria muito estranho punks em um restaurante chic ou engravatados de terno em um Xis na rodoviária. Bem, eu, desta vez, fazia parte da turma dos almofadinhas engravatados e chics do último. Aliás, era o chefe deles, o mais engomadinho de todos. Pena que minha personalidade, digamos explosiva, não combinava muito bem com essa função.

Todos nos vestimos com as roupas mais estranhas. Eu de sobretudo e gravata, o Rafa de mano de Niterói, acompanhado fielmente pelo Mateus no mesmo estilo, o Maurício Tremere estava como um DUENDE DOENTE VERDE DE DOIS METROS DE ALTURA, o Marcos de Joinville e a sua namorada, acho, estavam vestidos como artistas homossexuais novos-ricos da renascença, o Marcos de Floripa estava vestido de POMBA-GIRA COM CAPA VERMELHA E PANTUFAS DE TIGRE, o sujeito de VARGINHA estava de engomadinho e ia pro mesmo lugar que eu, o André estava vestido como astro gótico do pop punk poser rock, a Bárbara, namorada de um dos 500 Marcos presentes, estava de projeto de punk metida a gordinha sexy e se tinha mais alguém vestido de forma maluca, sinceramente não lembro. Um dos diretores não mencionados, Jimmy, nos disse que iríamos até o centro da cidade, segundo ele TRÊS QUADRAS (guarde essa palavra) dali, para depois nos dividirmos. Agora imagina esse grupo ímpar andando por uma CAPITAL MALUCA, à noite, dirigindo-se até o centro guiados por um sujeito de camiseta e CHAPÉU de feltro.

Saímos, usando obviamente as escadas, e deixando nossas coisas na "segurança" da grande porta de grades e do seu cadeado que devia ser sagrado para ser considerado seguro. Após MEIA HORA de andança, chegamos no centro e descobrimos finalmente o significado tênue, e aparentemente quântico, da palavra "três quadras" em Curitiba.

Nos dividimos e andamos, cada grupo, mais ou menos TRÊS QUADRAS CURITIBANAS até chegar ao nosso destino, no caso de nós engomados, um pequeno pub PORTUGUÊS em uma ruazinha meio morta. O lugar era simpático, nenhum The Cave, mas não tão ruim quanto o Xis do Gato e o DCE que nos abrigava.

Estávamos confinados no mezanino, lugar que a diretoria de Curitiba escolheu pros engomados, abaixo do mezanino jazia um PALCO e na frente do PALCO uma série de mesinhas de madeira apertadas em pouco espaço.

Subimos e, em uma união de mesas, começamos a reunião do Clã. Uns 15 negos de terno e gravata espremendo-se em um espaço de uns 3x6 metros, onde no centro repousava uma GRANDE mesa. Uns 10 minutos depois de começar a falação, um barulho ENSURDECEDOR começa a vir do PALCO. Uma gorda doida, vestida de algo parecido como "a tia gorda e bêbada do casamento", sentada em um banquinho e espancando um pandeiro, cantava sambas de antigamente, desferindo golpes de voz contra os pobres e embriagados clientes do pub PORTUGUÊS.

Não conseguimos mais ouvir uns aos outros, esse foi o tom da noite inteira, até umas três da manhã quando decidimos de comum acordo (?) que a reunião estava encerrada e nós havíamos nos entendido (?!). O que era uma grande balela, os caras apenas balançavam a cabeça enquanto uns falavam e na hora da resposta, que não tinha nada a ver com a pergunta, os outros que tinham de balançar. Ninguém ouvia nada, mas estávamos todos felizes depois que começou rolar uma cervejinha amiga – esse é o pretexto de quase todos os jogos de rpg em cidades distantes: beber umas e outras, andar fantasiado e tocar o horror longe de casa. Quase invadimos o palco, mas decidimos que era muito pequeno para 15.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:22:00 PM

Capítulo 6: reggae night

Saímos do pub bacalhau e andamos mais uns 30min, umas três quadras CURITIBANAS, até um barzinho apontado por um dos diretores da house de Curitiba. Todo mundo ia pra lá depois de seus respectivos jogos, isso se tivesse humor suficiente e chinelagem o bastante no sangue.

Enquanto andávamos pela rua dos barzinhos, toda capital tem pelo menos uma, vemos sair, de uma casa noturna vistosa, um boy carregado por seguranças. Ah, um típico exemplo de Pity-boy. Brigão, bêbado, rico e de pau fino, afinal, ficar se agarrando com homem no meio duma festa cheia de mulheres só pode significar alguma deficiência sexual bizarra. Ou bichisse pura mesmo. Ou os dois. Ou algo pior.

Chegamos até o barzinho que procurávamos e invadimos o lugar. Era um reduto maconho-reggae-surfista de dois andares. Simpático. Música em volume médio, posters do Bob pendurados nas paredes, mesinhas vazias, boinas amarelas, vermelhas e verdes na cabeça dos malucos, fumaça com cheiro de ervas "medicinais" e cerveja relativamente gelada, o que também não era tão importante estando no inverno.

Causamos um pequeno desconforto ao chegar no local, afinal, uns quinze ou vinte sujeitos engravatados chegando em um lugar desses poderia muito bem significar o FBI ou sei lá o quê. Mas tudo ficou calmo quando nos aproximamos da mesa dos outros jogadores que já haviam invadido o local, vestidos de formas ainda mais estranhas, como já descrito anteriormente.

Bebemos e continuamos a beber enquanto outros doidos se aproximavam, vestidos cada vez mais estranhamente. Tiramos fotos. E lá pelas tantas eu estava com sono. Cabe dizer que eu com sono sou a pessoa MAIS anti-social, chata, murrinha, reclamona e resmungona, não que seja muito diferente de quando não estou com sono.

Comecei a resmungar e reclamar. Aos que perguntavam o que eu tinha, eu quase mordia. Dormi cerca de uma hora na mesa até que, finalmente, eles se enchessem de beber e rumassem pra casa. E lá vamos nós, mais três quadras Curitibanas que levam mais de meia hora pra serem percorridas por passadas rápidas gaúchas.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:21:00 PM

Capítulo 7: O primeiro dia passou

Voltamos pro DCE, subimos as escadas, cambaleando de sono, ou cerveja, e começamos a nos "aconchegar" nos inconfortáveis pedaços de esponja pura que alguém, em um remoto passado, havia chamado de colchão certa vez e, hoje, chamaria de "cama pro cachorro vira-lata". Sentia a irregularidade do chão nas minhas costas. Cobri-me até a cabeça com um cobertor, que havia trazido de casa, já que a falta de cortinas, o sono, o sol raiando, o "colchão" e o excesso de homens fedorentos e roncadores não compunha um bom ambiente para um tranqüilo e, depois de tantos contratempos, necessário sono.

Tive sonhos estranhos e psicodélicos. Provavelmente proporcionados pela extensa fauna de fungos, certamente alucinógenos, presentes no pedaço de esponja onde despejei meu corpo cansado. Era algo com bandas de rock e jogadores de RPG assassinos, não entendi, mas, descobriria depois, era uma premonição.

Fui acordado a chutes. Resmunguei. Todos estavam de pé. Assim seria pelo resto dos dias em Curitiba: eu seria sempre o último a acordar, aliás, a ser acordado. Quando todos já estavam melhores do mau humor, o meu tinha recém começado.
Fui avisado que íamos pro café da manhã. Ao menos avisaram, agradeceria depois.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:20:00 PM

Capítulo 8: Saco vazio não pára em pé

Andamos mais meia hora pra chegar no lugar onde tomaríamos café da manhã. Na frente do local já havia alguns malucos esperando para atacar com vontade voraz cada um dos itens. Não me lembro ao certo o que tinha pra comer, mas nós mandamos MUITO ver.

Parecíamos todos mendigos mortos de fome, o que, na realidade, não estava muito longe disso, já que tínhamos caras mal dormidas, mal humor, banho frio, roupas amassadas e, claro, toda a estranheza que qualquer rpgista carrega consigo, mesmo nos momentos mais normais (?) do cotidiano.

Lembro-me que havia um bolo de cenoura que degluti, sozinho, umas 5 fatias. Nós acabamos com o lugar, mas o pior de tudo foi o banheiro depois. Todo mundo, impelido pela sujeira extrema dos banheiros do DCE, em que nem as baratas e ratos tinham estômago suficiente para transitar, decidiu usar o banheiro do BANDEJÃO CAFÉ DA MANHÃ e para o tão conhecido NÚMERO 2 from outter space. Detalhe: havia 1 privada para mais de 20 pessoas com fortes dores intestinais. Fomos obrigados a organizar uma fila, que, enquanto a porta estava fechada, se espremia em cólicas fedorentas na altura do estômago e, quando a porta era aberta por um sujeito feliz e aliviado, respirava um ar pior que o de Cubatão, totalmente envenenado pelos piores e mais alienígenas cheiros de podridão fecal.

Após longa e quase infinita espera, finalmente chegou a minha vez, infelizmente, depois do Maurício Tremere, como já dito em outras histórias, um gordão de 2 metros de altura e beirando seus 200kg, - óh não - pensei. Adentrei o recinto fechado e o bafo de urubu suado era intenso. As paredes pareciam transpirar com o ar pesado e difícil de respirar. - É agora ou nunca - pensei.

Sentei no vaso sanitário, quente, e desferi diversas rajadas com minha metralhadora analógica. Temi pela saúde da fossa. Por sorte, ao menos comigo, não transbordou. Lavei as mãos, já quase sem oxigênio, e abri rapidamente a porta. - Ahhhhhhhh , ar novamente! Liberdade! Liberdade! Acabara de realizar a abolição da escravatura no meu intestino. Todos os negros estavam libertos. Corram pro seu quilombo fossa. Corram!

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:19:00 PM

Capítulo 9: Turismo com Dante

Não contentes com tudo que já haviam feito a gente andar, os diretores Curitibanos, em especial a Déia, decidiram nos levar, a pé, pra dar uma PEQUENA volta pela cidade.
Vimos coisas TÃO interessantes, como um mercadinho idiota, que mais parecia a versão Moinhos de Vento do Brique da Redenção, vendendo inutilidades e artigos decorativos, principalmente pra crianças e um "monumento" babaca, que lembrava MUITO um simples retângulo liso na altura do saco, o que era sugestivo, ao centro da cidade ou à mãos ou algo assim que não me lembro ao certo e, claro, a primeira faculdade, não universidade, do Brasil.

Sinceramente, não lembro de ter visto nada de interessante, mas quando falaram em visitar a tal Ópera de Arame, quase que em coro, a cambada sulista, acabada, disse "não, nós vamos é pro DCE da wyrm", convencidos de que a Ópera valia a pena, mas não para nós, tristes andarilhos, patos que não sabiam voar. Principalmente depois do pessoal de Curitiba ter dito que a Ópera era LONGE, ou seja, MAIS longe do que as tradicionais TRÊS QUADRAS - logo ali - de meia hora - CURITIBANAS.

E fomos pro DCE. Não sem antes passar em um supermercado, de nome improvável, e comprar muitos pacotes de bisnaguinhas 7 Boys, uma faca, de ponta, e diversos tipos de acepipes pastosos, a.k.a. PATÊ.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:18:00 PM

Capítulo 10: Sexo, RPG e rock´n roll

Nós, os patos sulistas, jogávamos um RPG amigo, esparramados no chão, por sobre as esponjas, que um dia foram colchões, do DCE do inferno. Quando eu estava com mais de meia bisnaguinha com PATÊ enfiada na goela, apareceram, do nada, uns 3 ou 4 cabeludos vestidos de preto. Inicialmente achei tratar-se de um assalto ou algo assim, mas os caras entraram no DCE, passando pela grade, sem dizer nada e rumo a outra sala do DCE: a sala onde ficavam alguns instrumentos.

- Grunchquêmsã gucêsh? - eu tento falar com a boca cheia.
- É, quem são vocês? - algum dos meus solícitos colegas traduz.
- Somos da banda Fuck & Kill the Doomed Hell's Demon or Die in Bloody Pain.
- Olhem, rpgistas. - Deprecia um dos integrantes da banda.
Engulo o pão e digo: - Olhem, uma banda. - Devolvendo a depreciação.
- Vocês não vão tocar, vão? - Algum dos rpgistas, quer dizer, um de nós, reclama.
- Não, não, só viemos buscar os instrumentos. Temos um show hoje de noite. - Falou o terceiro cabeludo vestido de preto.
- Tá, mas, e se não tivesse ninguém aqui? Como vocês pegariam os instrumentos? - Um de nós retrucou.
- Nós temos a chave. - Falou um dos "músicos", dirigindo-se finalmente a sala onde estavam guardados os instrumentos.

Ficamos todos mudos por alguns segundos. Começamos a entender que nossas malas, cheias de pertences, estavam expostas à toda sorte de maluco que poderia nos roubar se não estivéssemos ali naquele instante, ou até mesmo à noite, quando estaríamos em mais um jogo. Meu Deus, nossa paciência não estava mais suportando tanta coisa.

Continuamos a jogar por mais uns 5 minutos, quando de repente a porta onde estava a banda se abre e um dos sujeitos diz:

- Poxa, não mexam nos instrumentos, né?
- Ninguém mexeu em nada. - Mentimos.

O sujeito voltou pra dentro e fechou a porta.

Dois ponto cinco segundos depois, ele sai, com uma CAMISINHA USADA na mão e diz:

- Pô, a noite foi boa, podiam ao menos colocar no lixo.

A única menina que dormiu naquele quarto, namorada do Marcos, fica vermelha, enquanto o sujeito volta pra toca.

Depois de 5 minutos de risadas, voltamos a jogar, quando, mais uma interrupção aconteceu. Mas desta vez ninguém abriu a porta, o que acontece é que a banda começou a TOCAR com todos os instrumentos PLUGADOS. Um de nós que estava com a faca, comprada no supermercado de nome improvável para cortar as bisnaguinhas e passar o PATÊ, segurou-a bem firme e disse:

- Vou matá-los agora mesmo.
- Não, não, espera aí. Depois vão dizer que somos rpgistas satânicos. Vou ali embaixo ligar pra algum diretor de Curitiba. - Eu disse, acalmando os ânimos, apesar da minha fúria.
- Boa idéia, chame alguém com uma faca melhor, porque esta não deve nem cortar os cabelos sujos deles. - Retrucou o sulista à beira de um ataque de nervos.

Desci e me lembrei que não estava de posse de nenhum cartão telefônico, por isso, liguei a cobrar pro Edufa.

- Alô, Edufa?
- Eu mesmo, quem fala?
- É o Sérgio, de Patópolis.
- Heim?
- Schüler, coordenador dos Ventrue.
- Ah, fala.
- Ahn, como direi? – perco a elegância e grito: - ROQUEIROS CABELUDOS ROUBARAM TODAS NOSSAS COISAS E NOS AMARRARAM COM AS CORDAS DA GUITARRA!
- MEU DEUS!
- Vem pra cá, nós precisamos trocar de “moradia”.
- Ok, ok, já tô chegando aí, vou chamar mais alguém de carro, fica calmo.

Finalmente tinha feito a primeira coisa esperta desde que comprei a passagem de ônibus pra Curitiba. Iríamos pra outro lugar e ainda por cima de carro. Ponto. Subi e esperei, observando, minutos depois, a banda levando seus instrumentos pra mais um estrondoso show.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:17:00 PM

Capítulo 11: a nova esperança da aliança rebelde

Quando ouvimos o barulho de escadas, nos posicionados, de posse das facas de patê e pistolas de brinquedo, de modo que lembrasse um movimento de uma tosca emboscada ninja. Nota-se aí que não perdiamos o senso de humor, nem nas horas mais impróprias, adversas e absurdas. Quando o Edufa colocou o primeiro pé na porta, já tínhamos pulado, gritando, para mostrar bem como estavam os ânimos do bando sulista. Podíamos, tranqüilamente, neste estado, planejar um atentado terrorista. E seria, com certeza, contra Curitiba.

Explicamos, desta vez, a realidade e o, maldito encolhido, Edufa ofereceu sua CASA para hospedar nosso bando. Exatamente o lugar onde já se encontravam todos os SUDESTANOS do Rio e São Paulo. Maldito cão curitibano Edufa.

Nos deslocamos até lá, desta vez e pela única vez, de carro. Um pouco apertados, é verdade, mas felizmente poupamos boas 3 quadras Curitibanas de andança. Ao chegar, percebemos que a casa não era nenhum palácio, mas, comparada ao DCE, era o próprio paraíso. Nos “aconchegaríamos” na sala, porém, desta vez, com COLCHÕES, o que era um verdadeiro progresso. Sem banda, sem ratos, sem chuveiro que explode.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:17:00 PM

Capítulo 12: momento de fé

Como o número de pessoas que congestionavam a casa, em especial o banheiro, do Edufa, alguns outros solícitos curitibanos resolveram nos oferecer suas dependências para que todos conseguissem tomar banho – antes do final do feriado. Uns 10 do nosso bando sulista foi até a casa da Fernanda, jogadora de Curitiba, sob a promessa de que os que ficaram com o Edufa nos esperariam para o jantar.

Ao descobrirmos que a Fernanda nos ofereceu um – o primeiro – chuveiro quente desde que chegamos, incluindo aí o direito de sentar em um sofá enquanto esperávamos, começamos a chamá-la, e assim foi até anos depois, de Santa Fernanda da Água Quente.

Após todos limpos e até de barba feita, voltamos pra casa do Edufa. Descobrimos que eles tinham saído para jantar, sem a gente, em uma pizzaria ali perto. Desconfiamos do “perto”, mas era, de fato, próximo ou então nós já estávamos nos acostumando as peregrinações, não sei ao certo.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:16:00 PM

Capítulo 13: saturday night fever

Com as pizzas ainda pesando no estômago, fomos nos preparar para a próxima rodada de jogos malucos, com todas aquelas fantasias e essa coisa toda, porém desta vez o ambiente era mais condizente com a histeria supersônica dos esquisitóides jogadores: era uma danceteria bastante tosca, com alguns tijolos a mostra, iluminação precária e aparelhagem duvidosa. Obviamente fechada para somente nós malucos, sabe como é, as pessoas costumam estranhar bastante um sujeito metido num pijama, com capa vermelha e pantufas de tigre no lugar que não é destinado a festa à fantasia. Mas o bar estaria funcionando, o que contribuiria bastante para melhorar as interpretações de personagens ou, melhor, afrouxar a nossa crítica e, principalmente, autocrítica.

Lembre-me que tudo ocorreu na normalidade, conceito quase abstrato para rpgistas, com exceção de algumas alterações causadas pelo excesso de substâncias alucinógenas e música repetitiva, da qual fui um pouco responsável. Dentre uma das alterações, um mané subiu no palco e começou um striptease VERDADEIRO. Após algumas risadas, percebi quem estava lá em cima, de cuecas e sem encolher a barriga, desconsiderando o senso do ridículo: era o Rafa, integrante da comitiva canoense.

Sim, ninguém mais poderia ser tão saliente e, por que não, corajoso como o Rafa. Depois reclamam da fama, propagada principalmente pelo Casseta e Planeta, sobre as preferências sexuais pouco ortodoxas dos gaúchos.

Inquirido sobre o assunto, o Rafa respondeu que o strip foi MARKETING. No momento não entendemos se foi positivo ou negativo, mas desconsideramos e fomos obrigados a ir embora, não pela gerência da casa, mas pelo pouco de consciência que ainda incidia em nossas mentes.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:16:00 PM

Capítulo 14: o bem vence o mal

Na próxima noite, a mesma coisa, 30 minutos de caminhada, já fardados como habitantes do hospício em uma festa à fantasia, chegamos no próximo local de jogo, o último por sinal. Era um prédio residencial, desses que tem piscina e um grande pátio/salão de festas no térreo.

Com a algazarra promovido normalmente, apesar de todos os organizadores implorarem silêncio, o que não faz muito sentido em uma espécie de teatro, um dos moradores do prédio resolveu jogar um balde d’água em alguém. Aí começou o terror, pessoas correram, gritaram, quebraram vazos e, creio, alguém caiu na piscina. O Rafa que havia sumido, apareceu todo despenteado ao lado de uma menina, igualmente despenteada e sem maquiagem, que era namorada de um dos sujeitos. Neste momento eu entendi que a propaganda funcionou.

Saímos do prédio, ainda na metade da noite, vagando em busca de outro lugar pra continuar o jogo. Paramos em uma praça pública, prontamente fomos repelidos por integrantes da polícia militar. Procuramos outra e simplesmente recontinuamos. Até que, finalmente, uma notícia boa:

Havia um antiqüíssimo desafeto gaúcho, morador de Florianópolis, um sujeitinho escroque e temeroso por diversas vezes da selvageria e terror gaudéria, o Hederson, era o único “sulista” – desconfio que tenha nascido em outro lugar que não o Sul – que estava passando bem desde o início: estava de carro, ficando num hotel e era amigo dos organizadores de Curitiba. Pois que recebemos a aguardada notícia de que ele havia BATIDO O CARRO.

O que se seguiu foi uma comemoração, com gritos e pulos, da comitiva sulista, incluindo aí aqueles de Florianópolis que haviam vindo de carona com o imprudente rapaz.

Então tudo parou, simplesmente sentamos e ficamos contando piadas, rindo da própria desgraça e rindo muito mais da desgraça alheia. Decidimos peregrinar pras nossas “camas”. No caminho, lembro-me que alguém olhou pro lado e disse:

- Bah, mas essa Déia tem uns peitões maiores que melancias geneticamente modificadas, tu não acha?
- É, ela é minha irmã.
- Com todo o respeito é claro. – calou-se o sulista que não abriu a boca pelo resto do trajeto.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:15:00 PM

Capítulo 15: hora de dar tchau

Acordo sob o açoite dos chutes de alguém, desconfio que era o Teto, que me diz que é hora de ir embora. Começamos a socar nossas coisas na mala, demos tchau a todo mundo, brincando, porém falando a verdade, de que tudo foi um inferno e jamais voltaríamos. Colocamos as pesadas bagagens nas costas e caminhamos rumo a rodoviária. Por sinal, bastante longe da casa do Edufa.

No caminho, olhamos pra cima, os habitantes dos fios de alta tensão nos observão, as pombas. Em um número elevadamente perigoso para nossas cabeças, elas, a medida que andamos, trocam de poste, nos seguindo. E assim foi durante umas 4 ou 5 quadras, quando decidimos sair correndo.

Chegamos na rodoviária, embarcamos no ônibus da mesma companhia e sem muitos percalços acordo já em Canoas, na famigerada praça do avião. Fim.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:15:00 PM

terça-feira, maio 13, 2003

Geekz

Santa pirataria, Batman! Agradeço ao amigo cha0s por finalmente ter sido útil e me ter apontado o link do The Underdogs. Nada mais, nada menos, que o melhor site de abandon ware que eu já vi. Tem absolutamente todos os jogos que eu sempre sonhei na época que eu tinha um 486, com exceção do faltoso Heart of China - que vou morrer desejando ter jogado.

Só na parte adventures meu getright agendou 35 jogos. Segura hd quando eu entrar na parte de RPG.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 2:43:00 AM

Nada como uma notícia precisa.

E finalmente a mulher aquela que raptou o dito Pedrinho e a guria, que não lembro o nome, da maternidade foi presa. Dizem que a mulhé tava escondida no maleiro de um guarda-roupas.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 2:27:00 AM

Eu tenho blog?

Engraçado. Durante os últimos 2 ou 3 dias eu simplesmente esqueci que tinha blog e, além disso, esqueci que blogs existem: não os lia mais. Hoje dei um confere em três ou quatro da minha lista e li, sem pular parágrafos, somente dois. Nestes poucos meses que se seguiram ao desmantelamento empresarial, tenho tido muito pouca vontade de escrever e, quando o faço, tudo está tão longe do meu próprio padrão de qualidade que diversas vezes simplesmente fechei o Word, no fim do primeiro parágrafo, e desisti de onlinear e insistir no erro.

Acho que boa parte do que não escrevo se dilui à medida que eu estou dormindo muito mais. Dificilmente acordo antes do meio dia e ando muito pouco de trem. As grandes incursões no mundo das letrinhas quase sempre vinham de períodos de observação total, inércia, e nisso nada melhor do que utilizar transportes públicos para ir trabalhar em Porto Alegre, estudar em São Leopoldo e dormir em Canoas.

Ao contrário do que eu pensava - só pra clarear: eu achava que não tinha o que escrever por que nada de notável acontecia – vejo que várias coisas acontecem, porém eu não tenho mais a inspiração pra discorrer sobre a matéria. Um desses fatos interessantes é sobre minha aula de roteiros, vimos diversos curtas, alguns exibidos sem autorização expressa, por isso não direi os nomes, que realmente me deixaram bastante satisfeito com as produções gaúchas.

Se você se pergunta por que eu faço um curto de roteiros, bem, 1 - temos que preencher o vazio, e 2 –não, eu não tenho nenhuma pretensão de entrar no ramo, apesar de que adoraria.

Eu ia fechar o Word agora, mas, bem, azar é o teu que lê isso ainda.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 2:11:00 AM

sexta-feira, maio 09, 2003

Não sei se é spam, mas vale a risada

Bush e Blair são indicados ao Nobel da Paz pela guerra do Iraque



OSLO, Noruega (Reuters) - Um parlamentar norueguês apresentou na quinta-feira os nomes do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e do primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, para o Prêmio Nobel da Paz, elogiando-os por terem vencido a guerra no Iraque.

"Algumas vezes, faz-se necessário uma guerra pequena e eficiente para evitar uma guerra muito mais perigosa no futuro", declarou Jan Simonsen, um parlamentar de direita da Noruega.

"Se ninguém agisse, Saddam Hussein teria produzido armas de destruição em massa e, dentro de cinco ou dez anos, as poderia usar contra Israel", afirmou.

Seria preciso uma mudança radical para que o Comitê do Nobel premiasse Bush e Blair. No ano passado, a instituição escolheu o ex-presidente norte-americano Jimmy Carter como Nobel da Paz de 2002. Na época, o presidente do comitê criticou a política de Bush para o Iraque, enquanto Carter defendia uma solução pacífica para a crise.

Segundo Simonsen, a guerra havia "tornado possível a instalação da democracia e o respeito aos direitos humanos em um país que há tantos anos era governado por um dos piores ditadores da atualidade".

No entanto, Geir Lundestad, diretor do Instituto Nobel, disse que a proposta de Simonsen teria de esperar até 2004 porque o prazo para a apresentação de candidatos para o prêmio deste ano havia terminado no dia 1o de fevereiro.

O vencedor desde ano deve ser anunciado em meados de outubro. Mais de 160 pessoas e organizações estão concorrendo ao prêmio de 2003, entre os quais o papa João Paulo 2o, o irlandês Bono, vocalista da banda U2, e o dissidente cubano Oswaldo Paya.

"Não acho que Bush e Blair tenham chances de vencer, mas acho que vale a pena tentar", declarou Simonsen.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 11:12:00 AM

Muitas drogas

Copiado do blog de sei lá quem que a Maria me passou:

07/05/2003 09:57
NOVA YORK - Investigadores federais prenderam um enigmático aplicador de
Wall Street acusado de ter acesso a informações internas e privilegiadas.
E, incrivelmente, ele alega ser um viajante do tempo do ano 2256!
Fontes da Comissão de Segurança confirmam que Andrew Carlssin, de 44 anos,
ofereceu esta bizarra explicação para seu incrível sucesso no mercado de
ações, após ser levado algemado em 28 de janeiro.
"Não acreditamos na história desse cara - ou ele é um lunático ou um
mentiroso patológico", disse um membro da Comissão. "Mas o fato é que, com
um investimento inicial de apenas 800 dólares, em duas semanas ele tinha um
portfólio avaliado em 350 milhões de dólares. Toda transação que ele fez deu
lucros, em área inesperadas dos negócios, o que não pode ser simplesmente
sorte. Ele só pode ter conseguido através de informações internas ilegais.
Ele vai ficar sentado em uma cela na Ilha Riker até concordar em divulgar
suas fontes".
Quando investigadores pressionaram Carlssin durante o interrogatório, foram
surpreendidos por uma confissão que durou quatro horas. Carlssin declarou
que viajou de volta no tempo a partir de 200 anos no futuro e que seu
conhecimeto dessa era lhe permitiu acumular a fortuna que obteve. "Era
tentador demais para resistir", teria dito Carlssin durante a confissão, que
foi gravada em videotape.
Para provar que estava falando a verdade, Carlssin se ofereceu para falar
sobre "fatos históricos" como a cura da AIDS e o real esconderijo de Osama
Bin Laden. Tudo o que ele quer é que permitam que volte ao futuro em sua
"nave temporal". Mas ele se recusa a revelar a localização da máquina ou
falar como ela funciona, supostamente com medo de que a tecnologia "caia em
mãos erradas".
O mais intrigante é que os agentes ainda não encontraram nenhum registro
existente sobre qualquer Andrew Carlssin antes de dezembro de 2002.

Adendo: a história é totalmente doida...mas o cidadão acertou em 126 casos
sem erro em operações de alto risco...

segue noticia anexa para vcs verem que não é mentira , o doido existe mesmo
,..e está milionario!!!!!!!!!


Link pra provar que a notícia é séria...

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 12:23:00 AM

Joguinho

Partindo do princípio, verdadeira para mim, de que “não se fazem mais jogos como antigamente” e movido pela absoluta inércia de desempregado, fucei nas minhas gavetas de CDs muito antigos, quando gravar CD pirata significava desembolsar cerca de 50 miréis e fazer uma coletânea de dezenas de jogos de alguns disquetes, e vasculhei por alguma relíquia interessante de se jogar e que eu ainda não tinha virado. Acabei topando com o excelente Bloodnet, com irrisórios 6 disquetes de tamanho, e que é um adventure bastante perturbador e bastante parecido, em alguns detalhes, com o filme Matrix. A história é meio pastelão, mas é igualmente bacana do ponto de vista inovação:

Em um mundo cyberpunk, onde hackers espertinhos morrem enquanto logados na MATRIX (cyberspace ou whatever), vírus mortais de computador podem atingir o ser humano, uma supercorporação manda mais que o governo e controla a Matrix, mercenários andam pelos bares usando implantes cybernéticos, conspirações com nomes de autores tipo Kafka tentam promover a derrocada da supercompanhia, a moeda é virtual e algumas coisas insistem em resistir, como a igreja católica, é que se passa nossa aventura. Você é um mercenário que tem um chip atrás do pescoço, que ajuda a controlar o cérebro e essas coisas. Uma linda mulher te contrata, você cumpre o serviço e ZAZ, você é transformado em um vampiro. Porém, só metade de você, por alguns dias você ainda não virará um vampiro, graças a seu implante cerebral que segura o “vírus” do vampirismo, e é nesses dias que reside sua salvação para reverter a maldição e virar mortal novamente.

Sim, é um pouco maluco pra caralho, mas divertido. Muito melhor que esses lixos 3d que instem em comer gigabytes e exigir quilos de mhz do processador. Nada que o meu suporte, há de se dizer.

Ah, que saudades dos adventures como Monkey Island, Maniac Mansion, Space Quest, Kings Quest, Quest for Glory, Heart of China, alguns Indiana Jones, Larry, Willy Beamish, enfim, todas esses adventures que não passavam de uns bons 10mb, porém não duravam menos que 15 dias de cuca fervendo, mas de fato duravam bem mais que simplórios 15 dias. Se alguém souber onde encontrar adventures antigos pra baixar, dá um grito.

Claro que há algumas boas, porém raras, exceções de adventures modernos e quase-modernos que valem muito a pena, um deles é o Gabriel Knight 1. Rapaz, que jogo. Aí quando começaram com as chinelagens tipo Under a Killing Moon e Phantasmagoria, tudo fodeu de vez e rarearam cada vez mais as coisas descentes.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 12:18:00 AM

quinta-feira, maio 08, 2003

Filmes

Que coisa incrível, as histórias filmográficas continuam se baseando, principalmente Sessão da Tarde Style, na estrutura de história mitológica. Isso me deixou extremamente a fim de comprar um livro, que não existe mais, chamado A Jornada do Escritor. Porém, como esgotado está, padawan meu caro, comprarei o livro em que ele se baseia, chamado O Herói de Mil Faces.

Só uma dica, notem como existem filmes, principalmente os com características claramente definidas como Bem X Mal (Senhor dos Anéis, Guerra nas Estrelas, etc) que tem um bar, ou taverna ou algo assim onde os heróis acham aliados e inimigos.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 5:37:00 PM

Livro

Recente aquisição dos 11,90 – Drácula, crássico dos crássicos do terror. Hail, Vlad Tepes, o empalador!

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 5:37:00 PM

segunda-feira, maio 05, 2003

Saturday night fever

O irmão e a quase-cunhada da Muri nos convidaram sábado pra irmos ao cinema. Aceitamos. O filme escolhido foi “Confissões de uma Mente Perigosa”, passando no GNC do Bourbon da Assis Brasil. Vou te dizer, cineminha precário esse, pra quem está acostumado com o futurístico Cinemark. As poltronas são apertadas e muito parecidas com o finado pulgueiro e cinema do Conjunto Comercial, a tela é diminuta, assim como a sala, e as paredes, por Deus, ostentavam luzes muito estranhas, só desligadas quando o filme começava, mantendo-se firmemente acesas nos trailers e propagandas.

Eu andava com bastante azar nas minhas expedições cinéfilas, por isso não fui esperando muito do filme que, além de nunca ter ouvido falar, tinha no seu cartaz algo muito parecido com a pistola do “Gangsters 2”. Isso, claro, com uma olhada de relance, sob um ponto de vista ruim e com uma iluminação duvidosa. Quando fomos comprar os ingressos, surpresa, não aceitavam carteira de estudante. Tentei até argumentar que era proibido, pois era uma lei que possibilitava os descontos para os estudantes, mas como não tenho a menor certeza se isso é verdade ou se eu ouvi falar, deixei a cargo de algum jurista e me resignei a pagar os salgados seis reais por um cinema realmente fora do topo em matéria de tecnologia e conforto.

O filme, que revela GEORGE CLOONEY como um excelente diretor, é sério, trata de uma biografia, acho eu, semi-fictícia de um sujeito, do qual não lembro o nome, que é o inventor de programas revolucionários, porém idiotizantes, como “Namoro na TV”, “The Gongo Show” e outros muitos que carregam no nome o “Game” e o “Show”. Porém o rapaz tinha uma vida secreta, era matador da CIA. O filme é mais ou menos sobre o sentido da vida, as coisas que desejamos, as que perdemos, enfim, vida. Fiquei impressionado com o roteiro, acho eu do mesmo que “Quero ser John Malcovich”, que dosa perfeitamente e igualmente filosofia, comédia, suspense, reviravoltas na trama e drama. A+ para o filmezito, recomendo mesmo – sem ressalvas.

Após o filme fomos dar uma volta, eu estava morrendo de sono, tinha dormido apenas umas 4 horas no dia anterior, mas aceitei a ida a Cidade Baixa. A primeira onda foi pra visitarmos o Espiral, porém passamos na frente e estava meio vazio. Faço aqui uma ressalva, por que as pessoas gostam de barzinhos cheios e sem lugar pra sentar, se o fim maior é sentar, beber e conversar entre si? Como a procura era baseada em quantidade de pessoas por metro quadrado, fomos desembarcar no esquinístico Ossip. Eternamente cheio bar-cubículo para publicitários e boêmios diversos com suíça ou barba ou penteado eclético ou mudernos ou aspirantes a ou pessoas com opções sexuais pouco ortodoxas ou tudo isso.

Na primeira meia-hora não conseguimos sentar, eu era espremido por um sujeito de jaqueta que, vi depois, era o dono de uma Harley estacionada na calçada. Umas 2 ou 3 cervejas goela abaixo, finalmente uma mesa fica vaga, ao mesmo tempo que o Flávio da uma passada ali, só pra beber uma e depois ir a um aniversário no SANTA MÔNICA, onde seria, com certeza, alvo das desquitadas com calça de couro vermelha, branca ou preta, top colado com decote com vista pro umbigo e óculos de lente colorida. Trash, porém divertido.

Depois de algumas horas de diversão e beberagem moderada, fomos pra casa, felizes por nos incluirmos também aos boêmios da Cidade Baixa. O que me deixa sempre estasiado nesse bairro é ficar olhando as pessoas e pensar o que diabos elas fazem durante o dia. Parecem bar flys moderados, que saem todos os dias da semana para uma cerveja amiga, porém alegam que ontem foram a um vernissage. Que bairrozinho mais interessante do ponto de vista antropológico. O Flávio uma vez dividiu a fauna da jovem classe-média pra cima porto-alegrense como: os Cidade Baixa, os Bonfim e os Outros, que seriam aqueles que freqüentam as 500 casas novidade que abrem e fecham a cada mês. Eu iria mais longe, além destes 3, eu incluiria os Independência, aqueles não tão chinelos monetariamente como os Bonfim, porém com o mesmo estilo “I wanna be junkie, mommy” que vão ao Bambu’s se incomodar com a polícia e mostrar quanto vinho podem beber até vomitar.

Que coisa interessante é ser jovem. Algo, muito esquisito por sinal, sempre que começamos a sair, nos faz beber sempre além da conta, como que para desafiar o próprio corpo e, claro, pra mostrar pros outros como somos heróis ao sermos palhaços. Talvez seja por que ainda não conhecemos direito nossos limites, está aí uma boa tese para futuros psicólogos.

Bom, Porto Alegre em si é uma ótima tese para psicólogos. Que capital esquisita, apesar de moderna, retêm-se eternamente com um pé no passado. Festas anos 70/80/90 não é novidade e estão sempre lotadas e concorridas, guetos e barzinhos precários, como o finado Garagem e o Ossip, estão sempre lotados, mesmo sem ter absolutamente nada de especial, enquanto as modernosas casas noturnas abrem e fecham num processo cíclico de um ano e meio entre ascensão e queda.

Se tem um povo que daria um ótimo império cheio de esquisitices e anomalias, esse é o povo gaúcho.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 10:52:00 PM

sexta-feira, maio 02, 2003

Boataria dos infernos

Ouvi um boato que o performático drumbeiro Andy voltaria a Porto Alegre, numa das inesperadas Quarta-Quebrada. Não acreditei.
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Dei-me mal, ele veio, véio.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 5:52:00 PM

Aniversário

Feliz aniversário Cyber, também conhecido como BETO.

E, o pior, é que minha madrinha está fazendo aniversário de casamento. Minha mãe diz:

- Ó, pinta lá hoje às 18h.
- Certinho. – pensando em todos os doces e salgados que me esperavam.

O detalhe é: eu não sei onde é a nova casa da minha dinda. Não lembro o telefone dela, minha mãe esqueceu o celular e meu pai, como de costume, está com o dele desligado. Avante, energúmeno!

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 5:52:00 PM


Meu inferno particular:

Assim como o CHIFRUDO COMANDANTE DA MAIOR REPARTIÇÃO PÚBLICA DOS INFERNOS, sou amado por alguns, odiado por muitos, ignorado pela maioria, sigo meu caminho entre a redação publicitária e a chinelagem. Assim como o DEMO, sou conhecido pelas mais diversas alcunhas, como Sérginho, Dark, Schüler, Henrique e outros, mas se quiser entoar o manta completo para me EVOCAR, mande ver no Sérgio Henrique Schüler.


Inferninhos:

Alexandre Soares
Brainstorm9
Cardoso
Debbie
Firpo
Hermano
Lu Prade
Maria
Marketing de Guerrilha
Moardib
Muri
Neil Gaiman
Santiago na Índia
Textorama
Tranish
Träsel
Van Damme na Índia
Vêrça
Zamin na Índia


Vá pro inferno também:

Meu fotolog
Meu audioscrobbler
AIESEC Brasil
AIESEC International


Moblogs:

Resumão
Fábio
Geraldo
Guto
Jéssica
Mari
Pinky


Por que fui pro inferno?

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