quarta-feira, abril 30, 2003

Factos

Fato notório, os professores de comunicação da Unisinos ou queimam um ou queimam a rosca. Em alguns célebres casos, ambos. Professor de comunicação é uma coisa engraçada, os que entendem da prática – ie REALIDADE - geralmente não parecem professores, já os que entendem da teoria parecem professores. Afinal, a imagem que eu tenho como professor é alguém que te prepara para uma prova e que, depois desta, não se saiba absolutamente mais nada. Decoreba é foda. Sempre fui da teoria que o cérebro de todas as pessoas é muito parecido em capacidade, porém estimula-lo mais ou menos é que faz a diferença entre os imbecis, os burros, os medianos, os inteligentes e os gênios. Sempre fui bonzinho, sei que não é assim. Algumas pessoas nascem tapadas e não há jeito, assim como há algumas que nascem “superdotadas”. É a vida.

Mas na real nem era pra isso que eu entrei aqui, era só pra dizer que escrevi mais um capítulo da tão falada Saga de Curitiba e, quem sabe, nesse ano eu ainda me atenha, com afinco, no seu término e publicação digital.

Na moral, não estou mais achando nada engraçado, de tanto que eu já reli essa porra.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 10:47:00 PM

segunda-feira, abril 28, 2003

PP - Publicidade Pública

Interessante esse governo petista. Os vermelhos não só usaram como ninguém o marketing pra se eleger, como vêem usando essa ferramenta extraordinariamente bem durante o governo em si. Genial essas propagandas pró-reforma, comparando-as a abolição da escravatura e o direito iguais entre homens e mulheres, e, as anteriores, sobre “reformar a casa” sem incomodar os moradores. Ótimo mesmo. Pra governo então, maravilhoso: olho só o padrão que é, por exemplo, as propagandas do Exército.

Vou além: não só é inteligente como é ÉTICO fazer estas propagandas. Afinal, o governo quer fazer a reforma, nada melhor do que convencer a população de que é necessário, assim, se o povo realmente entrar numas de que é legal, os políticos terão que tocar o horror e fazer acontecer a dita cuja. Claro que não é assim tão simples, mas simploriamente é assim que funciona.

Sem contar que abafa o destaque da imprensa sobre os “radicais do pt”. Não adianta, esses, aspas tira-sarro, “socialistas radicais” provam que petista vira-e-mexe é uma mala sem alça muito chata. Qualquer pessoa que não se pode negociar, ou melhor, argumentar, merece ser chutada no dedão do pé esquerdo até que este saia pela orelha direita. Ou vice-versa.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 9:17:00 PM

Skol Bonitos

Angustiante olhar as imagens, no Fantástico, da edição atual do, aspas tira-sarro, “festival clubber” Skol Beats. Por motivos de personalidade, ou apenas consciência e sifragol, não sou mais muito chegado a eventos desse calibre. Já tive meus dias de integrante da FUNAI, mas nunca pagaria aproximadamente 150/200 dinheiros nesse tipo de “diversão”. Não gosto de grandes ajuntamentos de gente, seja lá qual for o tipo, por vários motivos: calor, chateação, espera, filas e todas essas coisas que são sinônimos de diversão para os adolescentes da contemporaneidade.

Mas, especialmente, o Skol Beats me deixa não só feliz em não me encontrar entre os clubbers, como também me provoca um pouco de MEDO. Confesso que já fui adepto, aos 14-17 anos, da piroestética arco-íris cibernético e, confesso de novo, as mulheres desse tipo costumavam me afetar especialmente. Porém, hoje em dia, me parece descabido. Como circular em um freak show da alta-costura. Topar, em uma festa, com uma pessoa usando máscara de médico ou uma bóia inflável não me é mais querido, palavra. Juro que tento entender, mas não há explicação cabível pra esse tipo de anomalia.

O pior de tudo é tentar se justificar. “Uso essa máscara de médico como um protesto silencioso contra a fome”. Juro que a menina entrevistada disse isso, palavra por palavra. Esse é outro mal dos pós-modernos modernosos: protestos demais, ações de menos. Se está tão preocupada contra a fome, como gasta 50 dinheiros em uma festa patrocinada por uma marca de cerveja?

Essa juventude está perdida mesmo. Minha esperança é que alguma guerra mundial deixe todo mundo estéril.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 9:17:00 PM

domingo, abril 27, 2003

Retratos de Hollywood

Bem que alguém, não sei quem, me avisou que Retratos de uma Obsessão (One Hour Photo) era um filme bem fraquinho. O grande problema é que alguns roteiristas ainda não entenderam que certas coisas são necessárias em um filme, como, por exemplo, surpresa. Nenhuma história é uma grande história se não há descobertas, surpresas ou dúvida. Se não torna-se um mero documentário. Ninguém quer ouvir uma história da qual já sabe de tudo. Você não viu o filme? “Possível maníaco, que trabalha com revelação de foto, coleciona há muito fotos de uma família em específico e acaba ficando obcecado por esta mesma família.” Pronto, agora você já sabe de tudo.

Eu adoro filmes, e histórias em geral, que começam pelo fim. Palavra, gosto mesmo. Mas só tem um pequeno porém: esse “início pelo fim” deve, no final verdadeiro, surpreender de alguma forma. E é exatamente isso que absolutamente não se vê nesse tal Retratos. O maníaco começa preso, conta sua história, e termina como começou. Que tipo de filme, bom, termina como começou? Nem mesmos os filmes de ação terminam como começam.

Mas, vi por descargo de consciência. Não é de todo ruim, é só simplório demais, o que eu chamaria de plotless.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 6:41:00 PM

sábado, abril 26, 2003

Aulas

Este foi o primeiro sábado que eu pensei “será que eu vou na aula?”, não que esteja menos interessante ou eu interessado, mas sim porque começo a ficar de saco cheio de nunca conseguir dormir antes das 3h da manhã na sexta. Mas, valeu a pena a ida até o fim de mundo que se encontra a minha faculdade.

Hoje, no curso de Roteiros, aconteceram diversas coincidências que, diriam, só acontecem seguidamente nos filmes pastelão que alguns chamam de comédia. Por exemplo, uma das alunas lia o roteiro do Caso No Ar, curta inspirado nos ares noir roteirizado e dirigido pela minha excelentíssima professora Ivana, filha do Seu Verle, Prefeito de Porto Alegre, quando a inocente moça termina de ler a frase “...um belo homem abre a porta”, no exato momento, entra um dos alunos super-atrasados.

Em outro ponto, quando a próxima ação de um dos personagens ia ser pigarrear, um dos irmãos oasis, uns caras que desconfio serem frutas e que inclusive já teriam elogiado o meu relógio, pigarreia de verdade.

Houve uma outra coincidência que não me ocorre agora. Mas era bastante improvável.

E está aula tornou-se emblemática porque eu finalmente compreendi, e concordei até certo ponto, por que diabos o “FILME DE” é sempre do diretor e não do roteirista, ou, na pior das hipóteses, do diretor E do roteirista. Digo isso pois, nessa ocasião, tivemos a oportunidade de lermos o roteiro e após assistirmos o filme pronto de dois filmes, o primeiro foi o supracitado O Caso No Ar e o outro foi Volta, Gervásio, adaptado pela Ivana de um conto do LF Veríssimo, de nome Ri, Gervásio, e dirigido pelo seu marido, da Ivana não do Veríssimo, Gustavo Spolidoro.

Constatei o porquê do filme ser do diretor: um bom roteiro pode ser estragado enormemente pelo último, no caso, o Gustavo. É realmente muito bom o roteiro em si do Volta, Gervásio – assim como o conto -, mas o excesso de experimentalismos, característico do Gustavo, prejudica a história como um todo, pois ele acaba dando ênfase em cenas desnecessárias ou fazendo-as soar sem sentido ou, até mesmo, puro pastelo-trash e, ao mesmo tempo, tira a importância de cenas-chave ou, pasmem, de ponto de virada. Tudo bem que se use experimentalismo, como o tão hitchcoquiano plano seqüência, mas há de convir que se tem que SABER experimentar, não adianta usar de artifícios, nem tanto, “não convencionais” e o resultado final for uma bomba.

Mas eu sou suspeito em dizer, eu sempre admirei mais as palavras, a trama e a história do que as imagens. É como dizem, gosto é como cú. Tem aqueles que preferem as imagens fora de contexto, o experimentalismo sem sentido e um macho suado.

PS: o mais interessante foi ouvir, como num DVD, os comentários do diretor, a Ivana, com curiosidades das gravações, como um diretor de arte que não conseguia produzir uma mancha de tomate – será que não lhe ocorreu usar extrato? - ou uma luminária caríssima que ela teve que comprar – pois um ator quebrou em uma cena de ataque de fúria – ou um plano aberto de um beijo que não pode ser utilizado – o motivo? O ator, após o beijo, ficava com o circo armado. EITA! Beijo técnico é o caralho....

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:04:00 PM

Ô do petróleo

Processe este aqui. Ao menos é um artista de verdade.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 2:29:00 PM



Isso me lembra um sujeito, muito forte e com camisetas coladas com dizeres como "Jiu-Jitsu wear" e essas putices, passeando no Parcão com um poodle com POLAINAS ROSAS. Naturalmente o apelidamos de pootle.

Ah, que falta me faz um emprego, foram-se os dias em que eu podia avacalhar ao menos uma pessoa por dia.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 2:23:00 PM

quinta-feira, abril 24, 2003

Drogas pesadas

Esse Jô Soares já foi respeitável algum dia em um passado remoto, com certeza anterior a sua globalização. Entrevistar uma carola doida que é fanática por enterros.

Isso nos leva a velha máxima: morro e não vejo tudo.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 1:58:00 AM

Tatuagem

Já que o assunto em voga nas rodas dos escritores cachaceiros e não escritores - porém cachaceiros - do Exquisite é a tatuagem, decidi falar um pouco sobre esse assunto, um eterno tabu para mim mesmo.

Quando era criança eu usava aquelas tatuagens que saia com álcool, nas outras crianças os desenhos descascavam, mas em mim não. Nunca conseguia ficar com aquele adorno colorido por tanto tempo, sempre retirava antes de findado o prazo de validade.

Por essa facilidade de enjoar dos desenhos corporais, nunca cogitei seriamente uma tatuagem. Aliás, só uma vez, que eu queria fazer uma tattoo Yakuza Style. Porém, considerando o assunto, baseado em observações de campo, rapidamente esqueci a idéia. Sentir dor não é comigo, sentir muita dor também não.

E, convenhamos, todo velho fica ridículo de tatuagem. Pelo menos eu acho. Não que os velhos sejam muito estéticos sem essas tribalices, mas, vá lá.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 1:57:00 AM

Grrr

Nestes tristes dias onde o capital só entra através de financiamentos bem intencionados do FMI, Fundo Mãedial Internacional, fica muito difícil para nós, compulsórios por livros, alimentarmos nosso pequeno vício. Mas, pra minha alegria, e das traças, as edições por 11,90 estão aí. Comprei O Leopardo, do Príncipe de Lampedusa. Não sei ao certo e não tenho a mínima idéia se é bom, mas sei que se trata da unificação da Itália, depois das estripulias de Garibaldi lá pelas paragens da ilhota mais violenta da Itália.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 1:06:00 AM

quarta-feira, abril 23, 2003

Faculdade

É nos debates da faculdade que se percebe que o nosso ensino, mesmo o pago, faz com que ao menos, sendo simpático, 80% dos universitários jamais tenha usado o cérebro para raciocinar. Sempre tive essa pequena pulga atrás da orelha nesse ponto, jamais decorei tabuada nenhuma, apesar da insistência das professoras primárias, mas eu sabia raciocinar e chegar no resultado. Entender como as coisas funcionam. De que adianta decorar todos os nomes das capitanias hereditárias se um ano depois, obviamente, o cérebro, prático como é, já terá substituído todos esses nomes inúteis por informações mais relevantes, como o nome daquela morena sentada na terceira classe depois da sua?

Tem coisas que simplesmente passam do limite da estupidez, é incultura mesmo. Perguntas como "por que os reis DEIXAVAM a democracia tomar conta do seu reino se eles tinham todo o poder?" ou responder que "os Jardins Suspensos da BABILÔNIA e a Torre de BABEL foram obras do IMPÉRIO ROMANO" é demais da conta.

Sem contar uma inesquecível e provavelmente já citada aqui:

- Me digam uma obra literária que faça parte da alta cultura. - conclama a professora.
- HARRY POTTER! - com convicção responde a menina com cara de debutante.

Sem contar enquadrar Michelangelo no barroco ou dizer que o tempo canônico é característica do período paleocristão. Por Tutatis!

Se os professores ensinassem por que dois mais dois é quatro, e não fizéssemos decorar, o mundo seria bem mais racional.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 2:55:00 AM

Nação Paria da Sergiolândia


Nós, O COMANDO SUPERIOR ANTI-DEMOCRÁTICO DA SERGIOLÂNDIA, Soberano desta terra por aclamação popular sob tortura e investidos pelos poderes intracerebrais, DECLARAMOS e DECIDIMOS:


a partir deste momento, nenhum comentário poderá ser proferido pelos súditos. Apenas membros a quem foi cedido cartas de mercê especiais poderão fazê-lo. Isso os fará repensar suas atitudes perante o poder divinal d'O COMANDO SUPERIOR ANTI-DEMOCRÁTICO DA SERGIOLÂNDIA.

Outrossim, condeno a pena de morte os criadores da campanha "a mulher superpoderosa da propaganda", pois eu criei este conceito muito antes fazendo o template do blog da minha amada SUPREMA DAMA DO COMANDO SUPERIOR ANTI-DEMOCRÁTICO DA SERGIOLÂNDIA.

Revogam-se disposições em contrário.

Caso seja necessário entrar em contato com os membros do governo ditatorial, faça-o aqui.

PUBLIQUE-SE e CUMPRA-SE.


Sua Excelência Paria Sergius Henrik Schü I
Supremo Chefe do Comando Superior Anti-democrático da Sergiolândia

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 2:08:00 AM

3

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 1:49:00 AM

Roteiros

Guia de como formatar seu roteiro. Sempre lembrando que o básico é submeter-se as infames, porém primárias, regras do português.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 1:49:00 AM

Sabes do quê?

Contei o “1” e o “2”. Quem conhece a piada, entenderá.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 12:09:00 AM

Inspeções

Os EUA NÃO ADMITEM inspetores da ONU pra dar um conferes nas possíveis armas de destruição em massa do Iraque. Cara, esse mundo tá mucho loco.

A ONU deveria se fechar e auto-proclamar falência. Antes que fique mais vergonhoso.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 12:08:00 AM

I have a dream...

….onde as novelas não mais existiriam, os livros seriam o modo de entreter as massas, os niilistas finalmente tomariam o poder – e acabariam se corrompendo em horrendos iluministas, e os comentários nos blogs seriam não só legais de ler, mas inteligentes.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 12:08:00 AM

terça-feira, abril 22, 2003

Nação Paria da Sergiolândia

Nós, O COMANDO SUPERIOR ANTI-DEMOCRÁTICO DA SERGIOLÂNDIA, Soberano desta terra por aclamação popular sob tortura e investidos pelos poderes intracerebrais, DECLARAMOS e DECIDIMOS:

a partir deste momento, nenhum comentário proferido pelos infiéis será mantido nos arquivos desta impopular nação. Entende-se por infiéis:

1) pertencentes ao EIXO DO MAL – entidade de caráter maligno e variável de acordo com minha vontade, composto basicamente por descerebrados, mudernos e novos clubbers.

2) BLZ’s e todo e qualquer terrorista da língua portuguesa.

PUBLIQUE-SE e CUMPRA-SE.

Sua Excelência Paria Sergius Henrik Schü I
Supremo Chefe do Comando Superior Anti-democrático da Sergiolândia

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 5:29:00 PM

Template

Eu gosto muito do meu template, realmente os caras que fizeram o design do filme do Fight Club merecem imitações de todos. Até mesmo dos texanos derivados do petróleo (ei, não é o Bush?). Mas, QUANDO eu, e somente EU, enjoar dele, já tenho um programado na cabeça, já até baixei a fonte meses atrás.

Há quem diga que o copyright na internet é passado, mas sempre haverá um mala que se acha o designer a dizer “ei, essa idéia foi minha – e de mais 2 milhões de sites que homenageiam o Clube da Luta”. Tsc tsc tsc, esses novos clubbers geração Skol Beats. Ah, se todos tivessem talento cerebral e simancol, o mundo não seria magnífico? (retorical question, shut up)


Como estou revoltadinho hoje, NOSSA.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 5:10:00 PM

Hermano

Rapaz, esse Hermano está muito engraçado. Em vez de acessar o meu, acesse o dele. Satisfação garantida.

E tem comentários pra quem curte expressar os “u”s e “i”s.
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Peço desculpas antecipadamente por qualquer dano moral. Foi mal aí, Hermano.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 5:09:00 PM

Consolo

O que me consola é que eles, e claro, elas, sempre voltam. Shshshshshshshshshsh. Perderei tempo com bichas, cornos ou mal comidas?
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Nahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh. Se tiver de ser, tirarei os comentários que, de toda forma, não fazem a menor falta.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:48:00 PM

segunda-feira, abril 21, 2003

Dotz

Esses Dotz são mucho loucos. Enquanto cobram em média 800 dotz pelos cds mais furrecas do universo, como antigos pop/rocks nacionais, consegui por menos de 800 dotz a CAIXA de cds do Legião. Sim, são cds velhos e, convenhamos, eu tenho pelo menos a metade deles, mas são SEIS CDs por míseros 800 dotz. Enquanto qualquer DVD vai de 1200 a 3000 dotz, qualquer livro que não seja de auto-ajuda também, fiz um dos melhores negócios. Principalmente porque os Dotz não pertenciam exatamente a mim.

A vida das maravilhas grátis é um costume que eu juro me ater com mais afinco nesses dias de emprego incerto.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 5:06:00 PM

domingo, abril 20, 2003

Filmes

As locadoras, generosas, dando a devolução para TERÇA-FEIRA dos filmes retirados na sexta, possibilitaram que nos desviássemos com louvor de todos os filmes pascoais, ressurreitivos, jesuíticos e judaicos que rechearam a TV aberta do maior país católico do mundo.

Escolhido pela sinopse, Estrada da Perdição clamava “o melhor filme de máfia desde O Poderoso Chefão”, duvidei, mas, vá lá. É um filme bacaninha, porém acho que é uma máfia irlandesa, não ítalo-americana. É um filminho bem americano, aquela coisa, mas vale a pena. Nada siciliano, mas de certa forma legal. Tirando o fato de que um soldado e seu filho de 10 anos conseguem ir contra dois importantes Dons COM SUCESSO – incluindo aí a sanguinolenta máfia de Chicago, mais conhecida por sua crueldade do que por sua inteligência.

O segundo foi O Poderoso Chefão III, que eu juro ainda não ter visto. É um filme bacana apenas para fins de compreensão de que OS FILMES do O Poderoso Chefão são a história completa, do início ao fim, do Michel Corleone, e não da famiglia. Achei a trama meio mal desenvolvida, sem contar que o sucessor é um super fracassado que deveria, de fato, ter fracassado. O spice do filme é o flashback do Michel, depois que sua filha é baleada, que todas as mulheres que ele amou ele não conseguiu proteger: sua mulher italiana, que morreu na explosão do carro que era pra ele dirigir; sua esposa, quando quase foi morta junto com ele no quarto e por não conseguir legalizar a família; sua mãe, ao matar o irmão que a mãe pediu pra ele cuidar e, finalizando, sua filha que tomou um tiro destinado a ele.

O terceiro filme alugado foi K-alguma coisa. Um filme de submarino russo que meu pai pediu pra alugar e eu vou ver amanhã.

Ah, vimos também Carandiru. Não é um super filme, mas também não é mau. Nem se compara ao Cidade de Deus, por não ter uma trama boa, aliás, nenhuma trama. Mas vale pelo “documentário”, visto com uma grande distância, é claro.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:39:00 PM

quinta-feira, abril 17, 2003

Mais um discurso meu no bróg do Cardoso (só pra recordar)

LINGÜÍSTICA

Declaro que, a partir de agora, ignoro solenemente qualquer comentário tocante ao mundo da GRAMÁTICA ou ORTOGRAFIA. Erros de português só existem nestes mundos. Eu, como não tenho o mínimo saco pra ficar prestando atenção em detalhe e escrevo HORRÍVEL, só conheço o mundo da LINGÜÍSTICA, onde não há espaço para o CERTO e o ERRADO, apenas para o que você FAZ. Se estiver errado e ainda assim COMUNICAR, tá valendo.

Eu não vou aprender.

Desistam.

E celebrem:

Pelo menos não é tão ruim quanto os BLZ.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:34:00 PM

quarta-feira, abril 16, 2003

Que bobagem

Ouvir Beatles pode ser perigoso pra quem está sem nada o que fazer.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 5:05:00 PM

Provolonus

Acordo com a visão turva pelo excesso de olheiras. Percebo que estou deitado em algo que lembra uma cama muito desconfortável, no meio do nada, sob apenas uma lona que lembra um circo de horrores. Olho pro lado e tudo dói, escuto uma série de berros, batidas surdas e metais se chocando. Dói muito meu corpo.

O barulho que beira o caos encerra-se aos poucos. O barulho da lugar a uma gritaria histérica, porém grave, algo como uma comemoração em meio a cantorias. Surge um sujeito barbudo, baforento, com um chapéu que ostenta um grandioso chifre quebrado. Sua baba cai sobre mim, os olhos vermelhos, que adornam a cara cheia de cicatrizes, me olham. O vermelho dos olhos me diz tudo, ele quer meu sangue. Maldição, acordei na queda do Império Romano do Ocidente.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 5:05:00 PM

Patty

Acordo com alguém berrando “vai se atrasar pro almoço, Patty, vamos!”. Há um estranho volume no lençol que cobre meu peito. Lembro-me de que nunca fui afeito aos esportes ou as bombas, toco a elevação torácica e constato que não é um, mas dois belos, volumosos, fofinhos e firmes PEITOS DE MULHER onde jazia apenas meu pouco tonificado tórax e meus pêlos masculinos. Levanto-me de súbito, piso em um monte de bugigangas que variam desde pulseiras coloridas, brincos de penas, bolsa de couro, cadernos, enfim, todas essas cousas que caracterizam o quarto como sendo de uma menina não muito velha.

Olho em volta, apavorado, esse não é sequer meu quarto. O Sol está forte na rua, estou atrasado pro trabalho. Percebo que estou vestindo uma calcinha do piu-piu, bastante grande por sinal, e que tenho umas coxas gostosas pra caralho. Desatolo a calcinha do rego.

– Alguém me depilou e colocou silicone. – desesperado, pensei.

Verifico meus DOCUMENTOS e percebo que não tenho mais bolas ou tão pouco TERCEIRA PERNA, no lugar, tenho uma rósea abertura bem depilada. Essa sacanagem foi longe demais, cirurgia de sexo é golpe baixo.

– Hum ao menos, pelo que posso constatar, sou loira natural. – reflito após olhar melhor dentro da calcinha minha própria GUARNIÇÃO DE CROQUETE.

Ouço de novo a voz feminina chamando pela tal Patty. Num estalo, olho dentro da bolsa e acho a identidade. Patrícia Borges de Medeiros. Sou eu, puta merda, me chamo Patrícia e tenho 17 anos – ó, não, sou capricorniana, quer dizer, putz, ainda não tenho carteira de motorista.

- Já vou! – grito de volta.

Levado por um estranho instinto feminino, não saio do quarto enquanto não me olho no espelho, ajeito o cabelo, cheio de mexas loiras que variam do cobre ao albino, e, só então, com um pijama semi-transparente do piu-piu, decido explorar as dependências que me abrigam.

- Porra, mas essa guria gosta mesmo do piu-piu, será que gosta tanto assim de PINTO? – Temo por meu apetite sexual, enquanto me dirijo através de um corredor, com 5 portas, e no fim dele uma escada. Parece um lugar luxuoso, se for um bordel, ao menos devo cobrar uns 200.

Começo a descer, hesitante, encontro um marmanjo grunge no fim da escada, par minha surpresa, protejo os peiões e dou um gritinho.

- Que é guria? Bebeu? Tu acha que com tanta gatinha por aí eu vou querer ENTOCAR O GUAPO na minha irmã?

- Não te reconheci, corno! – retruco e percebo, juntamente com o “irmão”, que patricinhas não falam assim. Sorrio pra afirmar que estava brincando.

Na cozinha, o circo que é a mesa está armado para apenas uma pessoa. Me sirvo apenas de bife, o resto era só salada e comidas muito frescas. Odeio salada e frescuras. A negrinha que lava a louça me olha desconfiada e desfere:

- Ué, saiu do eterno regime?

- Ah, é. Veja só....

Depois de comer, procuro um banheiro para que eu possa tomar banho, meu irmão, assim espero, me adverte com cara de retardado que eu devia tomar banho no meu próprio banheiro. – Boa idéia... – respondo.

Procuro o banheiro mais próximo do meu quarto e me estiro no chuveiro. Nossa, como usar essa quantidade de cremes, xampus, condicionadores, tonalizadores e mais esses tubinhos cosméticos? Misturo tudo em uma grande gororoba e ponho no cabelo. Minhas pernas estão meio peludas. Sinto-me inseguro, mas, bem, deve ser igual fazer a barba.

Bem, é hora de me preparar pra enfrentar a aula. O dia está um pouco frio, tento achar uma roupa que não tenha rasgos enormes ou comprimentos irrisórios.

Fuço o armário. - Não é possível. – murmuro. A maior blusa que acho foi uma de mangas compridas, porém com um extra-large enormous gigantalhuscus decote que vai do ombro ao umbigo. A saia, a maior delas, não chega nem na metade da coxa. - Céus, que coxa! Bem, essas pattys devem pensar algo como “foda-se o frio, quero é mostrar que depilei a virilha”. Porra, não vou sair assim na rua.

Esgueiro-me pro quarto do meu irmão, uma calça grunge é a única que passa pela imensa raba que me persegue. Tenho de pegar emprestado também um cinto. Esses grunges também estão numas de mostrar a virilha, porém não depilada. Pego uma camiseta preta com alguma banda funesta que já deve ter acabado por um acidente medonho com drogas pesadas.

Relutante, passo pela cozinha com o caderno na bolsa, a negrinha, ainda lavando os pratos, pergunta-me, bastante surpresa, porque esperar a van tão cedo, se ainda faltam 15 minutos pra ela aparecer.

Chego na faculdade e não sei nem onde pode ser minha sala, sigo andando pelo pátio e alguma frenética não para de berrar “patty, patty, pattyyyyyy”. Na 3a eu olho, percebendo que sou eu que ela chama. A guria tem um sorriso debilóide, vestido como autêntica patricinha, ela me lembra muito uma debutante dessas que aparecem na coluna social de algum jornal interiorano.

- Que isso? Aderiu a moda do teu irmão?
- Assumi que sou sapatona, gostosa. – sorrio com extrema satisfação em arregaçar a reputação de uma patricinha idiota.

A debutante faz cara de espanto, depois de nojo e, quase chorando, vira-se e sai correndo.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 5:04:00 PM

Garota 6

Que filme bizarro esse do Spike Lee.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 2:11:00 AM

Qual o golpe?

Então, qual é o golpe? O dólar segue baixando, como não encosto nos periódicos de notícia, não sei nem por quê. Só sei que a coisa toda não faz o menor sentido: a gasolina subiu, segundo informaram, por causa do dólar, apesar de também terem informado que o Brasil praticamente consegue suprir internamente a sua demanda, aí o dólar cai de quase 4 renáus pra quase “apenas” 3 pilas e nada acontece.

Que inferno, meu carro tá quase sem gasolina. Diz a lenda que no posto da Unisinos o gás tá bem mais barato, como eu não acredito em milagres, não abastecerei. Meu carro já é ruim o suficiente, não precisa misturar água, cachaça e metanol à gasolina.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 12:14:00 AM

terça-feira, abril 15, 2003

O Siciliano

Acabei ontem as últimas 100 páginas que faltavam. O livro tem uma história envolvente, personagens muito carismáticos, o que não quer dizer bonzinhos, e com muitas qualidades ou defeitos notórios. Mas o final, por Deus, fiquei chocado. Foi a primeira vez que um final de livro ficou martelando meu cérebro. Enquanto eu continuava lendo, eu só conseguia pensar “putz, não pode ser isso, tem que ser outra coisa, é um engano”.

Rapaz, esse livro se fosse filmado, renderia um ótimo O Poderoso Chefão 4. A Saga de Turi Guiliano e Aspanu Pisciotta, do início ao fim, é um primor de história. O final, apesar de chocante, não poderia ser mais siciliano.

Recomendo imensamente. E só me custou doze dinheiros.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 5:42:00 PM

Simulação maluca

Rapaz, descobri pelo bróg do träsel um joguinho pra simular nações super malucas. Eu, por exemplo, criei o Sacro Império Mafioso. Engraçado.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 2:09:00 AM

domingo, abril 13, 2003

DD - Demoliram o Demolidor

Em uma efervescente mistura entre Homem-Aranha, Matrix, A Hora do Hush, A Fantástica Fábrica de Chocolates e Titanic, o Demolidor entrou para o grandioso rol dos piores filmes que assisti em um cinema (chegando muito próximo do mongolóide Bruxa de Blair 2). O filme é um imenso e grandioso “parque de diversões” (denominação de um desses colunistas malucos de cinema) e é recheado de TODOS os clichês possíveis em Hollywood, desde vingança de parentes, morte do “amigo do herói” e casal apaixonado que se torna inimigo sem querer. Isso se já não bastasse a maluquice que é o surgimento dos heróis dos quadrinhos em geral.

As únicas coisas que prestam é o Rei do Crime ser o negrão da Espera de um Milagre e a direção de arte. Nem os efeitos conseguiram convencer, praticamente todas as vezes que o ceguinho ninja dava piruetas, mortais e toda essa coisa clássica Dare Devil, dava pra ver que a realidade praticamente se distorcia, a gravidade funcionava de maneira mais lenta e dava até pra imaginar os fiozinhos pendurados no ator.

Esse filme foi realmente triste, nem eu que era um antigo fã do Demolidor, tendo guardado até o presente dia, diferente do destino dos meus outros gibis, uma edição luxuosa da origem dele contada pelo Frank Miller. É, Ben Arfer também não convence no papel. Realmente uma obra-prima do bizarro, ninguém pode ter gostado do filme. Em pensar que nosso destino era ver Carandiru (já tinham vendido todos os ingressos da sessão e decidimos não perder a viagem – no caso, perdemos).

A única coisa inteligente no filme foi algumas pequenas homenagens que percebi durante o filme para grandes nomes dos quadrinhos, como é o caso de John Romita, que no filme era um boxeador, e Kirby, o legista, uma clara homenagem ao imortal Jack Kirby, inventor de diversos dos heróis clássicos ao lado do Stan Lee.

Pensando bem, acho que eu não me sentiria homenageado com um filme tão ruim.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 5:39:00 PM

sábado, abril 12, 2003

O Chamado da cachaça

Ou esse cara, diretor do O Chamado e do futuro filme de piratas do Johny Depp, lembra muito, eu disse LEMBRA e não PARECE, o Moe ou eu realmente fui além do ponto zero no Dr. Jekyll.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 5:20:00 PM

sexta-feira, abril 11, 2003

Eu odeio esse Chessmaster 6000, e só.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 10:12:00 PM

Xadrez

Vai pro inferno, ninguém que não seja profissional pode vencer o Grandmaster do Chessmaster 6000. Tudo bem que eu não sou um dos melhores e, pra piorar, eu não consigo pensar estrategicamente na tela, só com um tabuleiro real (e, mesmo assim, não é lá essas coisas)

O maldito programa pensa em tudo. Tudo que eu penso em fazer ele já combateu e armou um contragolpe absurdamente engenhoso.

Isso não vale...

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 6:38:00 PM

”...sai da minha frente que eu vou passar, MC, MC...”

Ontem a noite foi bastante bacana. O frio bateu na casa dos 10/15 graus mais ou menos, eu e a Muri fomos na Casa Amarela para dançar um pouquinho. Começou bem mansa, mas perto da 1h o Portuga baixou a lenha clássica e depois o Fábio Machado, alegando estar mais chapado que o usual, também quase botou o chão de madeira a baixo com seus rewinds, backspins e scratches pra lá de abusive. O chão que tremia particularmente me lembrou o antigo Garagem, o qual eu fui umas poucas vezes quando tinha Fusion ou aquele negócio da Re:existência e também uma vez na tal Teia+E-ar (quando E-ar não era um zine, mas um projeto de produtora). Veja só, as coisas mudam tanto.

A surpresa delícia da noite foi que o parceiro inseparável do Fábio, o MC Mário Z, também desembocou em Porto Alegre e assumiu o microfone com rimas ainda mais bacanas do que na primeira vez que os vi tocar. Pude tirar da garganta o velho grito “hell’z”. Essa noite valeu a pena.

Claro, sempre tem uma ou outra coisa que atrapalham, como um bebum que fui obrigado a convencer de que parece de olhar para a minha namorada e se fez de desentendido, mas ao menos parou de olhar. Outro incomodo foi que estávamos um pouco enferrujados, saímos pouco, portanto, não mais estamos acostumados com 15h seguidas de movimentos do quadril, especialmente em se tratando da dança epiléptica tão usual nos termos do drum’n’bass.

Esta foi a primeira vez que nós fomos na tal Casa Amarela. É um prédio velho, abafado e pequeno, mais underground que isso impossível. Imagino que no verão seja um inferno, mas com a chegada do frio parece bom, só não é muito saudável por causa de eventuais choques térmicos, mas, é a vida. O bom também do lugarejo é que há poucos rostos conhecidos, e os que são, a maioria são amistosos. Graças a Deus o povo do mal, salvo duas ou três insistentes exceções, só freqüentam raves e o NEO, deixando os paraísos do baixo e bateria livres para performances mais ousadas da parte das pessoas que estão lá pela música, e não por ser muderno.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 5:19:00 PM

quarta-feira, abril 09, 2003

Agora que me lembrei

Eu sei que dizer "viu, eu falei" é bastante inócuo, mas eu não poderia deixar de mencionar, porque se trata de uma coisa realmente bizarra. Sempre achei que o universo não fosse infinito, eu não sei bem por que, mas nunca achei convincente que existisse algo material e infinito. É como a Terra, antigamente achavam que era quadrada, até que os espertinhos desvendaram o mistério. Por isso, sempre achei que o universo era redonto, parecia que andávamos em linha reta, mas na verdade fazemos círculos, sem perceber, como na Terra.

Pois eis que surge um punhado de cientistas doidos com uma TEORIA, ou seja, não provada, portanto passível de ser uma abobrinha, de que o universo tem na verdade a forma de uma ROSQUINHA e que se você andar muito para um lado sairá no outro. Fantástico, heim?

"Duh, rosquinhas..."
- Hommer Simpson

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 5:13:00 PM

Drumba

Quinta-feira, DJ Fábio Machado na Casa Amarela. Oito renáus ou seis com nome na lista pelo e-mail festaslegais@brturbo.com .

Não perda, o carioca é bom na batida quebrada. Pena que ele não veio com o MC Mário Z.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:18:00 PM

Dream

Esta semana, contrariando a minha própria natureza, tenho sonhado bastante. O problema é que meus sonhos vez em quando assustam-se o me deixam no mínimo na dúvida: será que isso aconteceu? Alguns segundos depois me refaço e percebo que foi só um sonho, geralmente ruim.

Pois nessa noite passada, lembro-me de ter sonhado e acordado umas 3 ou 4 vezes. Porém o sonho era sempre uma continuação do que eu havia sonhado antes. Super hell’z soap opera. Fazia muito tempo, desde uns 10 anos, que eu não sonhava em continuidade e, até hoje, lembro-me, com poucos detalhes, do sonho de quando eu era guri. O sonho era, pasmem, realmente uma novela. Toda vez que eu voltava a sonhar, aparecia uma espécie de introdução, como se os comerciais tivessem acabado, com musiqueta e tudo. Lembro-me que o “logo” da “novela” era um BISCOITO redondo e gorducho. Vai entender. Há outros sonhos, sempre meio traumáticos, que eu me lembro vagamente, mas isso é outra história.

Essa noite a seqüência de sonhos foi esquisita, estava eu e mais 3 colegas, que absolutamente não sei quem é, bebendo as ganha e ouvindo música eletrônica muito alta. Estávamos em um galpão velho meio transh, alguns poucos transeuntes com cara de poucos amigos passavam de quando em vez. Então, acordo.

Durmo de novo e sonho que estou chegando em casa, dirigindo meu carro, quando estaciono, noto que meu pai e alguns vizinhos estão na frente da minha casa conversando. Algo, pra quem conhece meu pai, extremamente impossível. Quando eu desço do carro, pelo lado do carona, começo a sentir uma forte dor na cabeça e não enxergo mais nada. Constato que aquilo é ressaca e finjo estar enxergando enquanto tateio pra dentro de casa. Meu pai me chama e diz pra eu olhar o jornal, volta a enxergar, tão misteriosamente quanto deixei, e vejo que a minha foto e dos outros 3 caras está na contracapa do jornal, fazendo umas poses mucho locas e gargalhando as hell, onde diz “bebuns barbarizam Porto Alegre e matam mais de 30 pessoas”. Nesse momento apareceu minha namorada me olhando feio e eu, suplicante, respondo:

- Juro que não me lembro de nada disso, juro que eu não lembro, eu não fiz isso.

Acordei preocupado e só depois de um tempo percebi que era um sonho.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 4:16:00 PM

terça-feira, abril 08, 2003

Próximas aquisições

-O último chefão
-Omertà

Ambos de Mario Puzo. Vou tentar achar em algum sebo.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 2:06:00 AM

Fracassados

Tem gente que simplesmente não nasceu pra vencer. Veja Rubinho, por exemplo. Em casa, ótimo carro, poliposition e até uma idiota superstição nos anos que terminam com 3. Aí, o que acontece? Ao reassumir a primeira posição, depois de uns 10 competidores sairem da pista por acidentes medonhos, o que acontece? FALTA GASOLINA. Sério, rapaz, FALTOU GASOLINA.

O cara é o típico brasileiro. Quase chega lá, mas sempre se dá mal.

Por falar nesse tipo de gente, o Lula também é. Ah, ele se elegeu, né? Mas espera até o fim do mandato pra ver se ele não vai ter preferido não se eleger...

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 12:52:00 AM

Povo brasileiro

Eu nunca acreditei que alguém de classe média-alta, cursando faculdade, pudesse ser malufista. Mas, acreditem, existem muitos.

O que virá primeiro: o mundo se convencer que não existe político honesto ou surgir um político honesto?

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 12:29:00 AM

Professora

Minha professora costuma dizer com afinco: "Filmes são metáforas para a vida."

Eu, claro, acho tudo isso uma bobagem.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 12:27:00 AM

Paciência

Olha, eu não tenho mais paciência pra ler os blogs, cheguei a essa conclusão. A maioria deles eu simplesmete começo a ler alguns parágrafos e encho o saco. E, conseqüentemente, não tenho paciência de escrever mais.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 12:20:00 AM

segunda-feira, abril 07, 2003

Matrix Reloaded

Matrix 2 na prática. Acabo de ler o roteiro, não-oficial, portanto, pode ser uma GRANDE bobagem. Mas o que consegui ler não me agradou muito. Ok, ok, era só o POSSÍVEL roteiro INCOMPLETO do filme. Mas uma horda, e isso não é expressão, de agentes Smith lutando com o Neo, enquanto ele destrói MENTALMENTE o prédio que ele trabalhava (que é uma fachada para o servidor central da Matrix) e a cidade inteira está congelada porque o exército de agentes Smith está sugando toda a capacidade do processador é muito bizarro, não acham?

Parece que a moral desse Matrix 2, que tem seu inicio apenas 2 dias após o Neo derrotar os agentes no Matrix 1, é que os agentes se dão conta de que como eles não podem chegar no nível do Neo, algum outro imbecil humano pode. E aí eles acham um cara MUITO parecido com o Neo, porém motoqueiro, feio, sujo e mau e decidem que ele é a esperança das máquinas.

Fora isso há um conflito moral muito babaca com o Neo ao perceber que se ele destruir a Matrix, o main plot do filme, ele matará junto os 6 bilhões e meio de pessoas que “habitam” o “planeta”. Parece que nem O Escolhido conseguiu escapar dos clichês de Hollywood.

Claro, quem está afoito por mais alguns litros de efeito bullet time e demais fxes, vai com certeza curtir muito o filme. Lembrando também que, além de vir de uma fonte não confiável, esse provavelmente é um tratamento muito preliminar do filme, não sendo portanto o último e derradeiro roteiro. Há filmes em que se olha o 1o e o último tratamento e são tão diferentes que se pode fazer filmes diferentes com eles.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 10:07:00 PM

sábado, abril 05, 2003

Roteiro

Já escrevi o 1o tratamento.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 8:28:00 PM

Roteiro...

A quem interessar possa: acho que já tenho meu roteiro do curta. Está até bacana.

Dispensei a idéia do roteirista que não conseguia escrever, muito batido.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 3:24:00 PM

Curta

Fora derramar petróleo nos mares brasileiros, a Petrobras faz umas coisas bacanas. Tem um portal de patrocinio deles, o Porta Curtas, que está recheado do mais puro e brasileiro cinema de curta-metragem.

Para os desafortunados, como eu, que não tem internet rápida, não se preocupe, o streaming (em Windows Media ou Real Player) está desponível tanto para banda larga como estreita. E o site é bastante rápido, digo isso pois não tive dificuldades, mesmo tendo um modem 33.6kb e uma linha com muito ruído.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 2:51:00 PM

sexta-feira, abril 04, 2003

E é preciso fazer faculdade pra isso

Por Deus, quanta bobagem. Assistir aos telejornais realmente está se tornando uma tarefa hercúlea, as coisas vem tão mastigadas que chegam a ser absurdas de tão óbvias ou mentirosas. - Notícia BOMBA: – diz o Jornal Nacional – o vírus da pneumonia asiática pode ter sido manipulado em laboratório. - AHHHH! CAPAZ?

Não sou biólogo, mas acredito que seja muito estranho uma doença conhecida há muuuuuuito tempo de repente mutar-se para um vírus bizarramente medonho e infernal para a medicina de hoje. O Jornal vai além: - ...o vírus pode ter sido manipulado e ter se espalhado por ENGANO. Bah, que isso, ta na cara que isso é terrorismo biológico, aliás, PRA QUE diabos alguém cria um supervírus mortal se não for pra usar como algum tipo de arma sem mira? Vacinas? Não creio que seja o método.

Ou é terrorismo biológico ou é castigo divino. Como não acredito em criação espontânea, fico com a 1a. Ao menos existe o bróg do Träsel, onde podemos ler coisas coerentes, destinadas à uma educação acima da geração Diário Gaúcho.
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E esse Bush, que coisa, continua sem qualquer sutileza. Além de favorecer as empresas ligadas na reconstrução do Iraque, o secretário da defesa conseguiu dizer hoje que “tanto faz se pegarmos ou não Saddam”. Ou seja: nem eles mais sabem qual o motivo oficial. Desarmamento? Depor Saddam? Conquista? Tsc tsc tsc, esses romanos...

O mais legal foi ver o clone do Saddam, andando em Bagdá e sendo aclamado pelo povo. Stalingrado, baby, o bicho vai pegar.
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Pro ACM, essa guerra tá sendo melhor que Copa do Mundo. Ah, já tinham esquecido, né? Viu?

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 9:01:00 PM

USP

USP, 1999, bixo é morre afogado em trote bizarro. Maior sacanagem, ser morto ao passar num vestibular. Recebi hoje um e-mail falando o nome dos acusados, todos já formadores e “doutores”, por medicina, não por doutorado.

Eu não sei, claro que os culpados deveriam ter sido punidos. Afinal, é uma morte e mortes, mesmo que seja um acidente completamente sem querer, devem ser punidas. Mas eu não vejo os cara como monstros. EU não estava lá, creio que ninguém que lê meu bróg estava, mas acho bastante difícil um BANDO de ADOLESCENTES BÊBADOS, risonhos, festivos, ESFUMAÇADOS e felizes por ter passado no vestiba ou por finalmente dar o troco da época que eram calouros estarem com intenções malignas para com o pobre japa morto. Eu não sei, posso estar enganado e sequer conheço os acusados, mas creio que os caras que fizeram isso de sacanagem, todos nós sabemos da crueldade dos humanos em farras de baco, devem estar se remoendo muito ao menos uma vez por ano.

Mas se fosse meu filho, eu ao menos ia tocar o terror nos acusados.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 9:01:00 PM

quinta-feira, abril 03, 2003

E lá vamos nós

Na incessante busca pela satisfação literária, comprei mais um livro, desta vez por um sebo virtual chamado carinhosamente de Traça, que é nada mais nada menos que o porto-alegrense Ex Libris, que fica ali na Oswaldo Aranha. O escolhido desta vez foi O Siciliano, do Mario Puzo. Não é exatamente uma continuação do O Poderoso Chefão, mas é uma história que se passa no MEIO da história, nos dois últimos anos de exílio do Mike na Sicília.

E, vejam só, descobri que o Puzo nasceu no Hell’s Kitchen. e escreveu mais 6 roteiros além do The Godfather.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 12:44:00 PM

quarta-feira, abril 02, 2003

Infante

Lembro-me da minha primeira situação contemplativa da imensidão quase sobrenatural do universo. Tinha uns 9 anos, estava na praia, à noite, brincando sadiamente de esconde-esconde. Era a minha vez de procurar as outras crianças, quando, de repente, surge ao longe DANIEL, correndo como se não houvesse amanhã até o ponto em que a pessoa se salva. Disparei até o pilar da salvação, cada um correndo o quanto nossas pernas agüentavam, vindo de direções diferentes que formavam um ângulo de 90o com o pilar. Quase que em sincronia saltamos e gritamos "1 2 3 daniel". Só que como bem conhecemos, a física não dá tréguas e nosso impacto foi algo realmente impressionanante. Rodopiamos em câmera lenta umas 5 vezes cada, como bailarinas profissionais, até cairmos estirados no chão.

Gemi 1 ou 2 minutos e aí fiquei olhando o céu noturno. Era tão bonito. Foi aí que veio o estalo: Deus seria um cara muito burro demais pra caralho se tivesse criado uma coisa tão grande e só povoado o nosso planeta. Aí está a prova de que existem ETs (sem contar os repórteres esportivos, críticos de arte, rpgistas, aficionados por quadrinhos e literatos).

Falando em ser infante, lembrei de 3 ex-colegas singulares que eu gostaria de saber o que diabos aconteceu com eles. JAISON, TIJOLO e Patrick. Comecemos pelo que conheci primeiro:

Patrick estudou comigo no colégio estadual do pré até a 2a série. Era o típico abobadinho, aposto que ou virou drogado ou teve de se endireitar em uma igreja evangélica e agora está milionário como pastor.

JAISON, e esse NÃO era um apelido, apesar de bastante próprio e condizente com sua personalidade, era filho de pais separados. A mãe era professora de química, os irmão militares MUITO ALTOS E GRATUITAMENTE VIOLENTOS e ele um fanático pelo NAZISMO. Todos seus desenhos acompanhavam a insígnia nazi. Ele fazia parte do time de basquete, pivô pela altura e mangolice, que eu também jogava, juntamente com Leonardo, Lucas e Luís Fernando. Mas isso é outra história. Hoje ele deve estar na guerra do Iraque - do lado dos iraquianos, claro.

TIJOLO, tinha esse apelido por ser GRANDE, CALADO e QUADRADO, foi mencionado apenas para fins estatísticos. O pobre, assim como PAULO TATU, se retirou do colégio devido justamente ao apelido que colocamos nele. Crianças são cruéis.

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 12:44:00 AM

terça-feira, abril 01, 2003

Cunny

Demônio conjurado por Sergio Schuler às 12:29:00 AM


Meu inferno particular:

Assim como o CHIFRUDO COMANDANTE DA MAIOR REPARTIÇÃO PÚBLICA DOS INFERNOS, sou amado por alguns, odiado por muitos, ignorado pela maioria, sigo meu caminho entre a redação publicitária e a chinelagem. Assim como o DEMO, sou conhecido pelas mais diversas alcunhas, como Sérginho, Dark, Schüler, Henrique e outros, mas se quiser entoar o manta completo para me EVOCAR, mande ver no Sérgio Henrique Schüler.


Inferninhos:

Alexandre Soares
Brainstorm9
Cardoso
Debbie
Firpo
Hermano
Lu Prade
Maria
Marketing de Guerrilha
Moardib
Muri
Neil Gaiman
Santiago na Índia
Textorama
Tranish
Träsel
Van Damme na Índia
Vêrça
Zamin na Índia


Vá pro inferno também:

Meu fotolog
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AIESEC Brasil
AIESEC International


Moblogs:

Resumão
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Por que fui pro inferno?

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